Motorista é morto a tiros após entrar por engano em favela de Niterói

Um homem foi morto na tarde deste sábado (23) após entrar por engano na Comunidade do Caramujo, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Renan Martins Sodré, de 33 anos, foi encontrado dentro do carro com diversas marcas de tiros.

Segundo testemunhas, Renan seria motorista de aplicativo e entrou por engano na comunidade sem ligar o pisca alerta, uma das regras impostas por traficantes da região. Os Bombeiros e a Polícia Militar chegaram a ser acionados, mas a vítima já estava morta.

Uma nota, associada aos criminosos da comunidade, está circulando na internet. “Nós do Complexo do Caramujo, estamos extremamente entristecidos pelo fatídico acontecimento de hoje com o rapaz que estava trabalhando como motorista de aplicativo. Porém todos os lugares tem suas regras e suas leis”, afirma a nota.

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foi acionada e instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Renan Martins Sodré. A Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para elucidar a autoria do crime e esclarecer o caso.

A história se repete

Em outubro de 2015, uma mulher morreu após o casal entrar por engano na Comunidade do Caramujo. Regina Stringari Múrmura, 70 anos, e o marido, Francisco Múrmura, de 69, foram atacados por criminosos após o GPS enviar o casal para o destino errado.

O casal seguia do Rio de Janeiro para Niterói e colocou o endereço de destino no aplicativo Waze. Em vez serem direcionados para a Avenida Quintino Bocaiúva, em São Francisco, eles foram levados à Rua Quintino Bocaiúva, dentro da favela.

Regina e Francisco teriam se deparado com homens armados, que dispararam contra o veículo. O motorista tentou fugir, mas entrou em uma rua sem saída e foi, novamente, alvo de diversos tiros. A mulher chegou a ser levada pelo marido ao hospital.

O caso ganhou repercussão internacional e foi publicado em grandes veículos, como no site francês Le Point e no jornal Washington Post.