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Polícia Civil realiza buscas em empresa suspeita de lançar detergente no Rio Guandu

A investigação teve início no dia 28 de agosto, quando o fornecimento de água foi comprometido por 11 horas

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Água contaminada na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu
Água contaminada na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil realiza nesta terça-feira (19) uma operação para apreender documentos e eletrônicos na empresa suspeita de contaminar o Rio Guandu e paralisar o fornecimento de água para 11 milhões de pessoas na capital e na Baixada Fluminense. A empresa Burn é apontada como responsável pelo despejo de surfactante, composto presente na fabricação de detergentes, no Rio Queimados, um dos principais afluentes do Rio Guandu.

A investigação teve início no dia 28 de agosto, quando o fornecimento foi comprometido. Já nas primeiras horas do dia, a equipe Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) percorreu o Guandu e conseguiu identificar de onde partia o despejo, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Cedae. Após 13 horas, o serviço foi restabelecido.

No decorrer da apuração, foi pedida a busca e a interdição das atividades produtivas da empresa. A análise das amostras coletadas na região comprovaram que as substâncias emitidas pela fábrica eram as mesmas que obrigaram a paralisação no fornecimento de água da maior estação de tratamento de água do mundo.

Todo o material arrecadado nesta terça será analisado, como parte da investigação que apura a prática do crime de poluição hídrica.

Por meio de nota, a “Burn” informou que vem colaborando com as investigações e já compartilhou documentos como o laudo emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Queimados, que atesta que não se observou qualquer vestígio de espuma ao longo do Rio Queimados, além de parecer técnico de empresa especializada, que esclarece que seria necessário o despejo de 83,5 toneladas de detergente – o equivalente a 167 mil embalagens – para provocar o incidente do Guandu, considerando a vazão do rio.

A empresa disse ainda que reitera seu funcionamento dentro dos mais rigorosos padrões técnicos e que não há relação entre a fábrica e o vazamento da espuma, permanecendo à disposição das autoridades.

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