Economia
Ajustes no Bolsa Família? O que você precisa saber para continuar recebendo o benefício
Com as mudanças no Bolsa Família, é essencial entender as novas regras para não ter o benefício interrompido.
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda criado pelo governo brasileiro para apoiar famílias em situação de vulnerabilidade econômica. O principal objetivo é proporcionar uma renda mínima para essas famílias, ajudando a combater a pobreza e promover a inclusão social. O programa é voltado para famílias com renda per capita de até R$ 218 mensais.
Para se qualificar para o Bolsa Família, as famílias devem estar registradas no Cadastro Único (CadÚnico), que é um sistema de coleta de dados socioeconômicos de famílias de baixa renda. Este cadastro é essencial para que o governo identifique e ofereça assistência às famílias necessitadas. A inscrição no CadÚnico pode ser feita em locais como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
Quais são as exigências para continuar recebendo o Bolsa Família?
As famílias beneficiárias do Bolsa Família precisam cumprir certas condições para manter o benefício. Na área da saúde, é exigido que gestantes realizem o pré-natal e que as crianças sigam o calendário de vacinação. Além disso, o acompanhamento do estado nutricional das crianças é obrigatório. Na educação, as crianças de quatro a cinco anos devem ter uma frequência escolar mínima de 60%, enquanto aquelas entre seis e 17 anos devem frequentar pelo menos 75% das aulas.

É também necessário que as informações cadastrais das famílias estejam sempre atualizadas. Qualquer alteração no endereço, número de telefone ou composição familiar, como o nascimento de um novo membro ou o falecimento de alguém, deve ser comunicada às autoridades responsáveis pelo cadastro.
Como os pagamentos do Bolsa Família são realizados?
Os pagamentos do Bolsa Família são efetuados mensalmente, seguindo um calendário que leva em consideração o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) do responsável pela família. Os beneficiários recebem um cartão específico para realizar os saques, e uma Conta Poupança Social Digital é aberta em nome do responsável, vinculada ao seu CPF.
Os saques podem ser realizados em agências da Caixa Econômica Federal, lotéricas e terminais de autoatendimento. Além disso, o aplicativo Bolsa Família, disponível para dispositivos móveis, permite que os beneficiários acompanhem as datas de pagamento e a situação do benefício.
Quais são os valores pagos?
O valor básico do Bolsa Família é composto por R$ 142 por membro da família, através do Benefício de Renda de Cidadania. No entanto, o valor total recebido por família não pode ser inferior a R$ 600. Caso o valor calculado seja menor, um Benefício Complementar é adicionado para atingir esse mínimo.
Adicionais são concedidos a famílias com crianças pequenas, gestantes ou adolescentes. Crianças de até seis anos garantem um adicional de R$ 150, enquanto gestantes e crianças entre sete e 12 anos recebem R$ 50 a mais. Famílias com adolescentes entre 12 e 18 anos também recebem um adicional de R$ 50.
É possível receber o Bolsa Família estando empregado?
Sim, mesmo que os membros de uma família estejam empregados, é possível continuar recebendo o Bolsa Família, desde que a renda per capita não ultrapasse meio salário mínimo, atualmente fixado em R$ 759. A Regra de Proteção permite que famílias que aumentaram sua renda permaneçam no programa por até 24 meses, recebendo metade do valor do benefício a que teriam direito.
Em casos de bloqueio ou cancelamento do benefício, geralmente devido à falta de atualização cadastral ou ao não cumprimento das condições, o responsável deve procurar o setor responsável pelo programa em seu município para regularizar a situação e restabelecer o recebimento do auxílio.