Economia

Alta do dólar é consequência da ‘economia do medo’, avalia economista da FGV

Em entrevista exclusiva para Super Rádio Tupi, Robson Gonçalves avaliou os reflexos do surto de coronavírus no mercado financeiro
(Foto: Reprodução)

Em meio a pandemia do novo coronavírus, os mercados financeiros globais acumulam perdas e registram níveis nunca antes vistos. Nesta semana, o dólar fechou acima dos R$ 5,00 pela primeira vez na história e, operando em alta na manhã desta quarta-feira, chegou a picos de R$ 5,20. Para o economista Robson Gonçalves, da Fundação Getúlio Vargas, um reflexo do que chamou de “economia do medo”.

“Alta do dólar é recente e a cada dia a gente está atingindo um patamar mais alto. É consequência do que eu costumo chamar de economia do medo. Quando as pessoas estão em pânico, a primeira coisa que falha é o raciocínio, a capacidade de fazer uma análise racional da situação. E mais ainda, quando você vê muitas pessoas correndo em uma determinada direção, a atitude mais sensata é correr na mesma direção, afinal talvez alguém tenha visto o que você não viu. Isso é o que a gente chama em economia comportamental de comportamento heurístico: na dúvida, faça o que todo mundo está fazendo, ainda que não tenha todos os elementos e informações necessárias pra tomar a sua decisão”, declarou Gonçalves, em entrevista para Super Rádio Tupi.

“O fato de, por exemplo, o General Augusto Heleno ter testado positivo (para Covid-19), ao anúncio ontem (terça-feira) de que o país pode entrar em estado nacional de calamidade pública, não deveriam causar repercussões tão grandes assim, mas ao mesmo tempo gera o medo. No medo, você procura as regiões de mais segurança. O dólar e o ouro são abrigos dos investidores em uma situação dessas”, completou Robson Gonçalves em seguida.

Como forma de conter a crise provocada na economia pelo novo coronavírus, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve anunciar, no final da tarde desta quarta-feira, um novo corte na taxa básica de juros,  seguindo o exemplo de países como Estados Unidos e Inglaterra. A projeção do mercado é que a medida intensifique as pressões de alta do dólar.

“Até que patamar o dólar pode chegar é a pergunta que todos gostariam de ter respondida. Realmente não tenho a menor condição de fazer qualquer estimativa . Se eu tivesse feito uma quatro semanas atrás, eu teria errado com certeza”, afirmou o economista.

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