Economia
Aposentados sofrem com dívidas que bancos não deveriam cobrar
Superendividamento de idosos revela abusos bancários e falhas na fiscalização. Veja o que está por trás desse problema crescente.
O superendividamento de aposentados no Brasil tem se tornado uma questão cada vez mais preocupante. Com o aumento dos casos de fraudes e práticas abusivas por parte de instituições financeiras, muitos idosos se encontram em situações financeiras críticas. A história de Maria Lúcia Mozes, uma aposentada de 74 anos de Salvador, ilustra bem essa realidade. Após perder o marido e enfrentar um câncer de mama, ela se viu presa em uma espiral de dívidas, acumulando débitos com diversos bancos.
Maria Lúcia, que já vivia com uma renda modesta de dois salários mínimos, acabou sendo vítima de golpes que incluíam a contratação de serviços desnecessários, como seguros de casa e de viagem. Esses contratos foram realizados sem seu conhecimento, e os descontos em sua aposentadoria a deixaram com apenas dois reais mensais para sobreviver. A situação levou a aposentada a processar oito bancos, buscando interromper os descontos e obter uma indenização.
Como o superendividamento acontece?
O superendividamento ocorre quando uma pessoa não consegue mais arcar com suas dívidas, devido a um acúmulo excessivo de compromissos financeiros. No caso dos aposentados, essa situação é agravada por práticas abusivas de instituições financeiras, que oferecem empréstimos consignados e outros produtos sem a devida transparência. A falta de informação e a pressão para aceitar novos contratos são fatores que contribuem para o agravamento do problema.
Os bancos muitas vezes burlam o teto de descontos estipulado pelo INSS, que permite que apenas 45% da renda do aposentado seja comprometida com empréstimos. Isso é feito por meio de refinanciamentos e portabilidades que, na prática, aumentam a dívida do consumidor. Além disso, a oferta constante de novos produtos e serviços, muitas vezes desnecessários, acaba por encurralar o aposentado em um ciclo vicioso de endividamento.
Quais medidas estão sendo tomadas para combater o superendividamento?
Em resposta a essa situação, algumas medidas estão sendo implementadas para proteger os aposentados. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criou um sistema de Autorregulação do Consignado, em parceria com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), com o objetivo de eliminar práticas abusivas na oferta de crédito consignado. Desde sua implementação, várias medidas administrativas foram aplicadas contra correspondentes bancários que violaram as normas.
Além disso, as multas para bancos que não punem adequadamente seus correspondentes podem chegar a R$ 1 milhão. No entanto, a eficácia dessas medidas ainda é questionada, uma vez que muitos aposentados continuam relatando abusos. O Banco Central, por sua vez, tem sido criticado por sua postura passiva, limitando-se a fornecer informações básicas sobre empréstimos e financiamentos.
Como podemos proteger os aposentados de fraudes e abusos financeiros?
Para proteger os aposentados de fraudes e abusos, é essencial que haja uma fiscalização mais rigorosa por parte das autoridades competentes. O fortalecimento das políticas de proteção ao consumidor e a promoção de campanhas de conscientização sobre os direitos dos aposentados são passos fundamentais. Além disso, é importante que os bancos sejam responsabilizados por práticas ilegais e que haja uma maior transparência na oferta de produtos financeiros.
Por fim, é crucial que os aposentados tenham acesso a informações claras e precisas sobre suas opções financeiras. Isso pode ser alcançado por meio de programas de educação financeira voltados para o público idoso, que os capacitem a tomar decisões informadas e a evitar armadilhas financeiras. Somente com uma abordagem integrada e colaborativa será possível reverter o cenário atual e garantir um futuro mais seguro para os aposentados brasileiros.

Herivaldo Roberto da Silva Pontes
9 de junho de 2025 em 19:55
Preciso urgente de ajuda. Empréstimos com juros em torno de 20% de juros ao mês. Rmc e tantos outros. Ganho apenas 1 salário mínimo.
Celia Regina Macedo
9 de junho de 2025 em 21:08
Todos os empréstimos consignados,são uma fonte de enriquecimento aos Bancos um Empréstimos 4.000,vira 9.000 ou seja a dívida em juros de 84 meses Está mais que paga.
É uma armadilha cruel com os Aposentados, que principalmente na Pandemia tiveram que fazer vários empréstimos de consignados e com juros altos.
Hoje todos Aposentados do Brasileiros estão vivendo com muita dificuldade, pois o custo de vida do idoso,acaba sendo caro,por consumo de remédios,e uma alimentação saudável o qye não acontece desde da Pandemia.
O Governo Federal,deveria estudar essa Política Vergonhosa dos Bancos em elevar essa dúvida muito além do pedido.
Clotilde Clo
10 de junho de 2025 em 07:49
A financeira que recebo meu pagamento me cobra por cartões que eu não tenho já tô me cobrando por três cartões r$ 26 e pouco o que devo fazer para eles não me cobrarem mais eu não solicitei esses cartões
Jânio Lopes siqueira
10 de junho de 2025 em 03:39
Moro em conjunto habitacional minha casa minha vida e a administradora do condomínio estão me fazendo pressão atee mesmo colocaram na justiça sendo que eu venho pagando desde 2017. Mas eu 2021 eu fiquei apertado porque eu estava e estou devendo o brancoitau mesmo comaep a epidemia eles me presionavam e ainda eu paguei algumas eles me fizeram eu assinar um acordou leigo assinei hoje ele tão me cobrando sendo que eu não sou aposentado tenho64 anos mas mesmo assim essa administradora está me cobrando mesmo eles colocado o proc na justiça teve um tempo que o juiz estava tirando meu auxílio oque eu vou comer.
MARIVAL PERGENTINO DA CRUZ
9 de junho de 2025 em 10:30
Contrai empréstimos consignados, pago juros, normal, cm usei cartão de crédito, descontam RMC, q tbm cobra juros. devido ao MSM débito. Virou bola de neve e n permite liquidar.
Gein
9 de junho de 2025 em 13:55
São pagamentos infinito nunca para descontar não tem justiça que faça para, eu acredito deveria para descontar todos empréstimo e renegociação pra ver se tem que pagar ainda muito roubo ai aposentado muita injustiça…
David
9 de junho de 2025 em 09:45
Eu aposentado 63 anos fiz um empréstimo consignado pelo banco Caixa eletronico no valor 7.800 em 72 vezes de 182 reais as parcelas quando descontadas no benefício aumentarão para450 reais..
João Caetano da Silva
10 de junho de 2025 em 19:58
No estado de Mato Grosso está pior!!! O Funcionário Público Estadual,faz um Empréstimo Consignado, e quem desconta na folha de pagamento NÃO É O BANCO,MAS UMA EMPRESA INTERMEDIÁRIA!!! Segundo denúncias do Ministério Público Estadual, essa desconta na folha de pagamento,VALORES MAIORES,que os Bancos que praticam os empréstimos!!!! Sem ainda fazer Auditoria determinada pelo Governador, essa “Empresa” já deu um rombo de mais de meio bilhão,nos que fizeram Empréstimos!!!!
PERGUNTA: PORQUE EXISTE E PRECISA DE UMA EMPRESA INTERMEDIÁRIA, QUE TEM ACESSO À FOLHA DE PAGAMENTO DO ESTADO????????
Ronaldo Moreira da Silva
9 de junho de 2025 em 08:40
É só conversa mole, os bancos sempre são protegidos. O aposentado é quem paga a conta. Não vi nenhuma medida eficaz, para proteger do super indevidamente aos aposentados.
Jair Barrozo Santos
9 de junho de 2025 em 07:47
O banco Agibank, está tirando dinheiro da minha conta sem a minha autorização de um empréstimo Pessoal que eu fiz, cair em um golpe, disseram que era para não descontar os cartões RCC e RMC, e fica tirando dinheiro da minha conta, como faço para processar o banco Agibank, e quero o meu dinheiro de volta.
Raimundo Fernandes de araujo
11 de junho de 2025 em 05:53
E lamentável o que os bancos faz conosco.Tomei 9 mil no Bradesco e hoje tá em 36 mil mesmo pagando os juros .toda vez que refinancio o que paguei fica dr juros e a dívida cresce mais .nós rouba DF todo jeito.