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BNDES busca investidores estrangeiros para leilão da CEDAE

O modelo elaborado pelo BNDES para a concessão dos serviços da companhia estabeleceu quatro blocos de atuação

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(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O leilão de concessão da CEDAE, previsto para o quarto trimestre, poder ter a participação de investidores internacionais em parceria com operadores privados nacionais. A expectativa é do superintendente da Área de Estruturação de Parcerias do BNDES, Cleverson Aroeira, que participou, nesta quinta-feira, de encontro virtual promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Aroeira informou que o banco tem conversado com potenciais investidores estrangeiros, como fundos soberanos árabes, fundos de pensão e de investimentos do Canadá, fundos de infraestrutura, operadores da China, entre outros. O projeto de concessão da companhia tem prazo de 35 anos, o que atrai esse tipo de investidor.

O banco conversou também com empresas do setor de energia, que veem com interesse o setor de saneamento, cuja participação privada no país, até o momento, é de 10%. “Quem chegar primeiro vai pegar os primeiros retornos. O pioneirismo rende dividendos”, destacou Cleverson Aroeira. O superintendente disse que, como o projeto é grande demais, alguns dos cinco operadores privados do Brasil de maior porte terão que fazer parcerias para concorrer ao leilão.

Ele ressaltou que o projeto da CEDAE constitui a maior concessão na área de saneamento e é o maior projeto de infraestrutura do país, com investimentos no total de R$ 33,572 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em água e R$ 21,6 bilhões em esgotamento sanitário, de acordo com o estudo feito pelo banco e que se encontra atualmente em consulta pública. O modelo aprovado poderá receber sugestões e críticas até o próximo dia 10 de agosto, quando vai completar 60 dias de consulta.

O modelo elaborado pelo BNDES para a concessão dos serviços da companhia estabeleceu quatro blocos de atuação. Cleverson Aroeira informou que uma mesma empresa pode levar dois blocos ou mais, porém, para isso, terá que provar maior capacidade financeira e de recursos técnicos.

O superintendente fez questão de frisar que não está se falando, no momento, em privatização da CEDAE, mas em concessão. A companhia continuará existindo, mas será criada uma nova empresa para assumir parte dos serviços prestados por ela. O objetivo é promover a universalização da água e do esgotamento sanitário em 64 municípios, com destaque para a redução do lançamento de esgoto na Baía de Guanabara e na bacia do Rio Guandu.

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