Economia
Copom aponta tarifaço de Donald Trump como um dos motivos para manter cautela na economia
De acordo com a ata da última reunião, o cenário externo está mais adverso e incerto do que antes
Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, (Copom), divulgada nesta terça-feira (5), o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil tem “impactos setoriais relevantes e impactos agregados ainda incertos, a depender de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco inerente ao processo”. Na reunião, o Copom manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano.
De acordo com o documento, o cenário externo está mais adverso e incerto do que antes. “Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso”. O comitê voltou a mencionar que a elevada incerteza no cenário demanda cautela na condução da política monetária, e reforçou a disposição para reagir, se necessário.