Meta em alerta! Golpes com imagem do governo disparam preocupação - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco
x

Economia

Meta em alerta! Golpes com imagem do governo disparam preocupação

Cresce o uso indevido de autoridades em anúncios falsos; Meta intensifica medidas para conter fraudes online.

Publicado

em

Compartilhe
google-news-logo
Novo app da Meta desafia ChatGPT e Gemini!
Meta - Créditos: depositphotos.com / BiancoBlue

A Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou uma ação judicial contra a Meta, empresa responsável por redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp. A ação busca combater a disseminação de anúncios fraudulentos que utilizam indevidamente símbolos do governo federal e imagens de autoridades públicas. Esta medida visa proteger os cidadãos de fraudes financeiras e da desinformação online.

Os anúncios em questão prometem falsos benefícios financeiros e oportunidades de investimento, frequentemente usando imagens de figuras públicas para conferir uma aparência de legitimidade. A AGU argumenta que a Meta deve ser responsabilizada por permitir que esses conteúdos sejam veiculados em suas plataformas.

Fundamentação da ação e evidências

A ação da AGU é baseada em um estudo do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo identificou um aumento significativo de anúncios falsos nas plataformas da Meta no início de 2025, destacando falhas na moderação e na verificação de identidade dos anunciantes.

Novo app da Meta desafia ChatGPT e Gemini!
Meta – Créditos: depositphotos.com / AlexRuhl

De acordo com a AGU, a Meta não está cumprindo seu dever de diligência, conforme estipulado pelo Marco Civil da Internet, ao permitir a veiculação de conteúdos que poderiam ser bloqueados com sistemas de verificação mais eficazes. A petição solicita que a Justiça obrigue a empresa a remover os anúncios fraudulentos e a implementar medidas preventivas mais rigorosas.

Impactos dos anúncios fraudulentos no Meta

Os anúncios fraudulentos afetam principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade, atraídas por promessas de dinheiro fácil e programas sociais inexistentes. Muitos golpes exigem pagamentos via PIX para liberar supostos benefícios, resultando em perdas financeiras significativas para as vítimas.

Além dos danos diretos aos usuários, esses conteúdos comprometem a credibilidade das instituições públicas e a confiança nas redes sociais como fontes de informação confiáveis. A AGU destaca que a Meta, ao lucrar com a venda desses espaços publicitários, também se beneficia economicamente da veiculação de conteúdos enganosos.

Resposta da Meta e desafios na moderação

Até o momento, a Meta não se pronunciou oficialmente sobre a ação judicial. A empresa já enfrentou investigações semelhantes no Brasil e no exterior, especialmente em relação à desinformação e à moderação de conteúdo sensível.

A Meta afirma utilizar tecnologia de inteligência artificial e equipes humanas para analisar os anúncios publicados. No entanto, especialistas apontam que o sistema atual é falho e lento para reagir a conteúdos enganosos, o que agrava a situação.

Medidas para combater fraudes nas redes sociais

Além das ações judiciais, especialistas sugerem que o combate eficaz às fraudes nas redes sociais requer:

  1. Educação digital contínua para alertar a população sobre golpes;
  2. Transparência nos critérios de moderação das plataformas;
  3. Parcerias entre empresas e órgãos públicos para respostas rápidas a conteúdos fraudulentos;
  4. Regulações específicas para anúncios que utilizam imagens de terceiros ou símbolos do Estado.

A ação da AGU representa um passo importante na responsabilização das empresas de tecnologia pela segurança de seus usuários. Se a Justiça acatar os pedidos, a decisão poderá servir de referência para outras medidas semelhantes, inclusive em âmbito internacional.