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Economia

Produtividade na indústria cai pelo terceiro trimestre consecutivo

Indicador ficou 1,6% menor do que entre janeiro e março deste ano. Ele mede a relação entre o volume produzido e as horas trabalhadas na produção

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Os trabalhadores da montadora Fiat Chrysler Automobiles constroem um modelo Argo 2020, em meio à disseminação da doença por coronavírus (COVID-19), na fábrica de montagem em Betim

A produtividade é um termômetro importante sobre comportamento da economia e está em queda no Brasil. De acordo com a pesquisa Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice, no segundo semestre de 2021, caiu 1,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O índice se encontra em patamar próximo ao do segundo trimestre de 2020, quando começou a crise decorrente da pandemia de Covid-19 e seu comportamento recente sinaliza uma tendência negativa.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a produtividade resulta da combinação da redução de 3,8% da produção da indústria de transformação e da queda de 2,3% das horas trabalhadas na produção. Essas quedas refletem as incertezas geradas pela pandemia, as dificuldades decorrentes da escassez e da alta do preço dos insumos e a redução de consumo.

“Esse indicador reflete um esgotamento dos investimentos feitos – e o ambiente de incerteza para quem investe. Com diversos fatores em contração não surpreende esse comportamento da produtividade”, explica Marcelo Azevedo.
A produtividade do trabalho na indústria acumula três trimestres consecutivos de queda e tem sido afetada mais por fatores conjunturais. O desafio é que não há crescimento sustentável sem a elevação da produtividade, e a produtividade só poderá aumentar com mais investimento em inovação, gestão e capacitação.

“No passado, em momentos de aceleração da economia brasileira, esbarramos em alguns entraves, um deles a falta de trabalhador qualificado, que limitou o crescimento. O investimento na educação e qualificação é fundamental para que essa história não se repita quando a economia brasileira finalmente superar a pandemia e iniciar um novo ciclo de expansão”, explica o economista.

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