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Economia

Representante do FMI afirma que baixa dívida em dólar é vantagem para Brasil

Representantes de instituições como Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento foram ouvidos

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(Foto: Divulgação)

A Comissão Mista do Congresso Nacional destinada a acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas ao novo coronavírus (covid-19) ouviu nesta segunda-feira (24) representantes de instituições como Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A reunião ocorreu de forma remota, tendo como tema os principais riscos macroeconômicos decorrentes da pandemia e as estratégias para reduzir os efeitos da crise na atividade e na dívida pública.

Segundo a representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil, Joana Pereira, o Brasil entrou, na crise causada pela covid-19, com vulnerabilidades, na comparação com outros países emergentes, mas também com “pontos fortes”, em especial no que se refere ao fato de ter uma dívida pública “mínima em moeda estrangeira”.

“Na comparação com outros emergentes, o Brasil apresenta algumas vulnerabilidades, como o nível de dívida pública e a baixa produtividade. Certamente essas vulnerabilidades vão se intensificar em 2021. Por outro lado, o Brasil entra na crise com adoção de medidas que buscavam abordar esses problemas. Eu vejo inclusive intenção de continuar provendo âncora fiscal que possibilite a redução de dívida ao longo do tempo”, disse a representante do FMI.

Joana acrescentou que a baixa dependência de investidores estrangeiros representa uma vantagem para o país. “Além disso, a porcentagem da dívida em moeda estrangeira é mínima, e esse é um ponto forte para o Brasil, por ser pouco dependente de investidor estrangeiro e por contratação de dívida em moeda estrangeira. Como o Brasil não é tão dependente de dívida externa denominada em dólar, significa que é mais efetivo em prover esse colchão e poder fazer ajustes sem que isso traga problema de financiamento forte”, afirmou.

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