Economia
Vítimas de desconto do INSS começam a ser reembolsadas no dia 24
Confira quem tem direito e como receber o dinheiro de volta.
No contexto da Previdência Social no Brasil em 2025, surgiram recentes movimentações relacionadas ao ressarcimento de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas do INSS. Um acordo homologado determina critérios e prazos, envolvendo milhares de beneficiários de todo o país. Muitos daqueles que buscaram a Justiça para resolver sua situação também estão inseridos nesse novo cenário, desde que cumpram certas exigências estabelecidas nos termos do acordo.
Até o momento, um número significativo de pessoas já se beneficiou da iniciativa. Cerca de 714 mil aposentados e pensionistas formalizaram suas adesões, o que equivale a aproximadamente 36% dos 1,9 milhão de beneficiários aptos para participar desta etapa da devolução dos valores. Esses dados refletem um avanço no processo de correção e esclarecem o funcionamento do acordo na prática.
Quem já entrou na Justiça pode aderir ao acordo?
Aqueles que já ingressaram com processos judiciais contra o INSS ainda têm a possibilidade de recorrer ao novo acordo, desde que não tenham recebido qualquer valor por decisão da Justiça. Caso o processo ainda esteja em tramitação, o interessado precisa, antes de aderir, desistir formalmente da ação judicial. Nesse caso, há uma garantia adicional: o INSS se compromete a pagar 5% de honorários advocatícios nas ações individuais abertas antes de 23 de abril de 2025.
Esse procedimento amplia o alcance do acordo, incluindo não apenas quem aguardava solução extrajudicial, mas também parte dos que optaram pelo trâmite legal. Com isso, busca-se agilizar a resolução dos casos pendentes e assegurar o ressarcimento de forma padronizada para todos os participantes.
Como ocorre a devolução dos valores pelo INSS?
Para viabilizar os pagamentos aos beneficiários, o Governo Federal abriu um crédito extraordinário no valor de 3,31 bilhões de reais. Essa medida foi viabilizada por uma Medida Provisória assinada pelo presidente em exercício, destinando recursos não originalmente previstos no orçamento para pagar os montantes descontados ilegalmente entre março de 2020 e março de 2025. Esse valor extra é essencial para devolver o dinheiro desviado sem impacto sobre as contas correntes do INSS ou dos próprios beneficiários.
- Pagamentos começaram a ser realizados logo após a homologação do acordo pelo STF.
- A adesão é automática para indígenas, quilombolas e maiores de 80 anos cuja cobrança foi iniciada após março de 2024.
- Demais beneficiários devem manifestar interesse explicitamente para participar do ressarcimento.
Os valores devolvidos são fruto de um processo detalhado de verificação, abrangendo aqueles que sofreram descontos não autorizados no período especificado. Essa sistemática garante transparência e segurança na identificação dos beneficiados.

Quais medidas estão sendo adotadas para evitar novos descontos indevidos?
Além do ressarcimento, o governo federal implementa ações para responsabilizar as entidades envolvidas nos descontos ilegais. A administração pública, segundo manifestações do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, busca ressarcimento dos cofres públicos por meio de ações regressivas contra os responsáveis. Dessa forma, os recursos adiantados por meio do crédito extraordinário deverão ser cobrados das entidades causadoras do prejuízo ao Tesouro Nacional.
- O Ministério da Previdência monitora os pedidos de adesão e ressarcimento.
- Há investigações em andamento para apurar responsabilidades e impedir novas irregularidades.
- O acordo homologado prevê revisão periódica dos procedimentos para evitar reincidências.
Essas medidas institucionais reforçam o compromisso de proteção aos direitos dos aposentados e pensionistas. O tema ganha relevância não só pelo volume de recursos envolvidos, mas pelo impacto direto na renda de populações vulneráveis, como idosos, indígenas e comunidades quilombolas.
Com a continuidade do processo de adesão e ressarcimento, espera-se que mais beneficiários tomem conhecimento dos seus direitos e busquem as soluções oferecidas. O objetivo central é assegurar que situações semelhantes não voltem a ocorrer, promovendo maior controle e transparência na relação entre o INSS e seus assistidos.