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Educação

Escolas Municipais do Rio tiveram mais fechamento por conta da violência armada

Houve um aumento de 97,5% no número de casos quando comparamos o primeiro semestre do ano passado e o primeiro semestre deste ano

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Escolas Municipais do Rio tiveram mais fechamento por conta da violência armada (Foto: Divulgação)
Escolas Municipais do Rio tiveram mais fechamento por conta da violência armada (Foto: Divulgação)

Os crescentes confrontos armados no Rio de Janeiro têm um impacto cada vez maior na educação municipal do Rio de Janeiro. O ano de 2023 registrou, só no primeiro semestre, mais fechamentos do que todo o ano anterior: foram 2.129 fechamentos registrados este ano, enquanto 2022 teve 2.128 casos.

Houve um aumento de 97,5% no número de casos quando comparamos o primeiro semestre do ano passado e o primeiro semestre deste ano. Em 2022, foram 1.078 fechamentos e neste ano o número foi de 2.129.

No ano de 2022, 160 mil alunos tiveram suas rotinas escolares afetadas pela violência armada. No ano de 2023, esse número já chega a 163.386 alunos. O número de unidades escolares afetadas também aumentou. Ao longo de todo o ano passado, houve 405 unidades com ao menos um dia letivo interrompido devido aos confrontos. Neste ano, 500 escolas já passaram por isso.

“Existe toda uma geração de alunos cariocas que estão tendo seu ensino prejudicado por conta da insegurança e dos confrontos armados. É inconcebível um aluno perder 21 dias letivos, como já aconteceu em uma de nossas escolas este ano, por causa da violência”, diz o secretário Renan Ferreirinha.

A SME implementa esforços contínuos para garantir a segurança de alunos e de toda a comunidade escolar com o programa Acesso Mais Seguro, uma parceria com a Cruz Vermelha Internacional. Porém, com o crescimento descontrolado da violência armada, seja em operações policiais, brigas entre facções do tráfico de drogas ou disputas da milícia, é impossível que o programa pedagógico não seja comprometido.

“É surreal que tenha passado a ser parte da nossa rotina entender todo dia muito cedo se vamos conseguir abrir nossas escolas ou não porque está tendo tiroteio, operação policial, guerra de facções. Isso não pode ser normal. Tem alguma coisa muito errada na segurança pública quando a gente deixa de se concentrar no aprendizado pra poder entender se vamos conseguir abrir as unidades escolares”, acrescenta Ferreirinha.

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