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3I/ATLAS: cometa interestelar atinge ponto mais próximo do Sol nesta terça
Terceiro cometa interestelar já identificado deve cruzar a órbita interna do Sistema Solar; agências espaciais observam possível aproximação da sonda Parker
O cometa 3I/ATLAS, o terceiro objeto interestelar já identificado pela astronomia moderna, está se aproximando do Sol e deve atingir seu ponto de maior proximidade (periélio) nesta terça-feira (29). O fenômeno é acompanhado de perto por cientistas de diversos países e pela Nasa, que calcula a trajetória do corpo celeste em relação às sondas espaciais ativas no Sistema Solar.
De acordo com os modelos de observação, existe uma possibilidade remota de o 3I/ATLAS cruzar a rota da sonda solar Parker, lançada em 2018 para estudar a atmosfera do Sol. Apesar do alerta técnico, o cometa não representa qualquer risco para a Terra, pois segue uma órbita hiperbólica altamente inclinada, típica de objetos vindos de fora do Sistema Solar.
Um visitante cósmico raro

A origem interestelar do 3I/ATLAS o torna um verdadeiro viajante intergaláctico, portador de informações valiosas sobre outros sistemas estelares. Seu núcleo, estimado entre 5 e 11 quilômetros de diâmetro, apresenta sinais de atividade crescente, com emissão de gás e poeira que formam uma cauda visível em telescópios de alta potência.
Esses jatos e partículas permitem aos cientistas estudar materiais primordiais que podem revelar como se formam os planetas e cometas em diferentes regiões do cosmos.
Fenômeno invisível a olho nu
Apesar do interesse astronômico, o 3I/ATLAS não poderá ser visto a olho nu, sendo observável apenas por meio de equipamentos especializados. Ainda assim, o evento é considerado cientificamente histórico, pois oferece uma chance rara de estudar um objeto que nunca mais passará pelo Sistema Solar.
Segundo a Nasa, cada cometa interestelar observado — como o 1I/‘Oumuamua em 2017 e o 2I/Borisov em 2019 — ajuda a ampliar o entendimento sobre a origem dos sistemas planetários e até sobre os blocos fundamentais da vida.
O 3I/ATLAS, ao cruzar nosso céu invisível, traz consigo fragmentos de outros mundos, ecoando histórias de estrelas distantes e reforçando o quanto o universo ainda guarda mistérios a serem descobertos.