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A fruta doce que cresce depressa, resiste a solos pobres e ainda enche o quintal de cor e perfume
A seriguela cresce rápido e produz bem mesmo em solos fracos e pouco férteis
A seriguela, também conhecida como Spondias purpurea, chama atenção por ser uma fruta doce, de crescimento relativamente rápido e que se adapta bem a diferentes condições de solo, inclusive os mais pobres, tornando-se uma alternativa interessante para pequenos produtores e para quem busca uma frutífera rústica no quintal, com boa produtividade e poucas exigências de manejo em comparação com outras espécies.
O que torna a seriguela uma fruta tão valorizada
A palavra-chave central, seriguela, costuma aparecer associada à rusticidade da planta e à doçura do fruto. A polpa, de cor amarela a alaranjada, é suculenta, aromática e atrai consumidores em feiras livres e mercados locais, além de ser muito utilizada em preparações caseiras simples.
Do ponto de vista nutricional, a seriguela oferece vitaminas, como a vitamina C, e compostos antioxidantes presentes na casca e na polpa. Mesmo sem grandes processos industriais, o fruto pode ser transformado em polpa congelada, facilitando o armazenamento e o transporte para diferentes mercados, inclusive em períodos fora da safra.

Como a seriguela cresce rápido e se adapta a solos pobres
Uma das principais vantagens da seriguela é o crescimento relativamente rápido quando comparado a outras frutíferas. Em condições adequadas de clima e umidade, a planta pode começar a produzir em poucos anos, com porte médio, copa densa e boa capacidade de rebrote, o que favorece sistemas de poda e manejo mais intensivos.
A adaptação a solos pobres é outro ponto central dessa fruta doce, desde que haja boa drenagem e alguma disponibilidade de matéria orgânica. Em muitas propriedades, é utilizada em áreas consideradas marginais para outras culturas, e simples práticas de correção e adubação orgânica costumam ser suficientes para melhorar o desempenho das plantas.
- Boa tolerância à seca: raízes profundas ajudam a explorar água em camadas mais baixas do solo.
- Resistência relativa a pragas: em comparação com outras frutas, costuma demandar menos defensivos.
- Capacidade de adaptação: aceita bem podas de formação e condução em diferentes sistemas.
Como plantar seriguela passo a passo
Para quem pretende iniciar o plantio de seriguela, o processo pode ser organizado em etapas simples e bem planejadas. A produção de mudas geralmente é feita por estacas ou por sementes, sendo o uso de estacas comum entre produtores que desejam manter as características da planta matriz em pomares comerciais ou em quintais produtivos.
- Escolha do local: preferir áreas com boa incidência de sol, solo bem drenado e afastamento adequado de construções e fiações.
- Preparo do solo: realizar coveamento, incorporar matéria orgânica, como esterco curtido ou composto, e corrigir a acidez quando necessário.
- Plantio da muda: posicionar a muda de seriguela na cova, preencher com terra misturada a adubo orgânico e firmar levemente o solo ao redor.
- Irrigação inicial: garantir umidade regular nas primeiras semanas para favorecer o enraizamento.
- Cuidados de condução: fazer podas leves para formação da copa e remoção de galhos secos ou doentes.
Com esse manejo básico, a serigueleira tende a se estabelecer bem e evoluir para uma fase de produção estável. Ajustes periódicos de adubação, manutenção da cobertura do solo e monitoramento visual da sanidade das plantas ajudam a manter a árvore produtiva mesmo em áreas com menor fertilidade.
Esse vídeo do Reflor-Estando mostra como a seriguela cresce rápido e ainda dá frutos superdoces:
Quais são as vantagens econômicas e ambientais da seriguela
O cultivo de seriguela em solos pobres pode representar uma alternativa de diversificação de renda em pequenas propriedades rurais. A fruta doce, consumida fresca ou processada, tem boa aceitação e pode ser comercializada em bandejas, sacos plásticos, polpas congeladas ou produtos artesanais, inclusive por meio de venda direta e canais digitais.
Do ponto de vista ambiental, a Spondias purpurea contribui para a cobertura vegetal de áreas expostas, reduzindo erosão e ajudando na retenção de umidade em sistemas agroflorestais ou consórcios com outras culturas. Pode ser integrada a cercas vivas, quintais produtivos e pomares mistos, favorecendo insetos polinizadores e aves, o que reforça sua importância em paisagens de clima quente em 2025.