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Aprenda como plantar pitaya e o segredo para colher essa fruta em casa com sucesso
A pitaya é um cacto que dá frutos incríveis
Quem olha a pitaya colorida e docinha no prato nem imagina que ela nasce de um cacto cheio de espinhos, pendurado em mourões e tomando sol o dia inteiro. Essa fruta, que chama atenção pela cor e pela textura crocante das sementinhas, pode ser cultivada em vaso de forma simples, desde que alguns cuidados básicos sejam respeitados e a planta receba bastante luz direta ao longo do dia.
Como é a planta da pitaya e por que ela gosta tanto de sol
A pitaya é um cacto trepador, com ramos suculentos que crescem para cima, se apoiam em estruturas e depois começam a pender pelo peso. Na natureza, essa planta costuma usar árvores, rochas ou qualquer apoio firme para subir, fixando pequenas raízes ao longo dos ramos e buscando sempre áreas bem iluminadas.
Em cultivo, esse papel de apoio é feito por um mourão ou tutor resistente, que imita o comportamento natural da planta e dá estabilidade. Existem ao menos três espécies comuns de pitaya, incluindo uma nativa do Brasil, todas adaptadas a sol forte e com frutos adocicados, algumas de casca ou polpa vermelha bastante marcantes.

Como plantar pitaya em vaso a partir da fruta
Uma forma simples de começar é aproveitar a própria fruta consumida em casa. As pequenas bolinhas pretas espalhadas pela polpa são as sementes da pitaya, que podem ser usadas para formar novos pés, embora levem mais tempo para frutificar do que as mudas feitas por estacas.
Basta separar algumas sementes, higienizar levemente em água corrente para retirar o excesso de polpa e deixá-las secar à sombra antes da semeadura. O vaso precisa ser grande e profundo, com boa drenagem, e o tutor deve ser bem fixado para suportar o peso do cacto com segurança ao longo dos anos.
Quais são os passos principais para montar o vaso de pitaya
O preparo do vaso é um dos pontos-chave para que a pitaya se desenvolva bem, evitando encharcamento e queda da planta. A combinação de drenagem eficiente, substrato adequado e tutor forte garante raízes saudáveis e ramos bem apoiados, mesmo em espaços pequenos como varandas e quintais.
De forma geral, o processo de montagem segue uma lógica simples, mas que faz diferença na prática, desde a escolha do recipiente até o posicionamento final no local de cultivo. A seguir estão os passos essenciais para organizar tudo corretamente:
- Escolher um vaso grande, resistente e com furos de drenagem eficientes;
- Formar uma camada grossa de pedras no fundo, ao redor da base onde o mourão será fixado;
- Instalar um tutor pesado e firme, capaz de suportar o peso dos ramos ao longo dos anos;
- Completar com substrato bem drenado, misturando terra, matéria orgânica e material que ajude a escoar a água;
- Plantar a muda ou sementes de pitaya próxima ao tutor, para que os ramos possam subir;
- Manter o vaso em local de sol direto, com regas moderadas, evitando encharcar.
Como acontece a floração, a frutificação e a colheita da pitaya
O manejo da parte aérea é importante porque os frutos da pitaya se formam nas pontas dos ramos, e não no trecho fixado ao mourão. Produtores costumam estimular muitas “ponteiras”, podando e guiando os ramos para que se multipliquem nas extremidades e aumentem os pontos de floração.
Primeiro surgem os botões florais, grandes e cheios de pequenas escamas, lembrando o fruto verde. A pitaya floresce à noite, com flores grandes e perfumadas, visitadas por polinizadores como mariposas, pequenos morcegos e abelhas arapuá; após a polinização, o fruto se desenvolve e está pronto para colher quando perde o tom esverdeado e assume a cor típica da variedade.
Quais cuidados extras garantem uma pitaya saudável em casa
Além da estrutura e da luz, alguns detalhes ajudam a manter o pé de pitaya produtivo no vaso. A planta se adapta bem a variações climáticas moderadas, desde que não falte sol, o substrato não permaneça encharcado e as fertilizações orgânicas sejam leves e periódicas para estimular novos ramos e flores.
No ambiente doméstico, interações com insetos, como as abelhas arapuá que roem o cacto e as escamas dos frutos, costumam ser mais estéticas do que prejudiciais. Entre os cuidados práticos que ajudam no dia a dia e permitem acompanhar o desenvolvimento da planta com segurança, destacam-se:
- Verificar periodicamente se o mourão continua firme e bem enterrado no vaso;
- Evitar excesso de água, observando se o substrato seca entre uma rega e outra;
- Podar ramos muito pesados ou mal posicionados para estimular novas ponteiras;
- Permitir a presença de polinizadores, que são fundamentais para boa frutificação;
- Acompanhar a mudança de cor dos frutos para colher no ponto certo, antes que caiam.