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Artista da Zona Oeste do Rio traz figurino especial para blocos de rua

Proposta é resgatar a importância da cultura popular no Carnaval 2023

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Artista da Zona Oeste do Rio traz figurino especial para blocos de rua (Foto: Divulgação)
Artista da Zona Oeste do Rio traz figurino especial para blocos de rua (Foto: Divulgação)

Inspirada nos gorilas feitos com saco plástico que saem nos blocos pelas ruas da Zona Oeste carioca, a artista Luzé o figurino intitulado “Gorila de Caboclo”, cuja produção poderá ser conferida pelos foliões neste Carnaval nos seguintes blocos: “Amigos da Onça”, no Aterro do Flamengo, já neste sábado, dia 18, às 7h; no “Raízes Africanas”, que desfila domingo, dia 19, às 14h, em Copacabana; e no “Quizomba”, que sai no sábado, dia 25, às 11h, na Lapa. A intenção da artista é desdobrar essa experiência na construção de um cortejo que enfatize histórias e personagens pouco conhecidos do público, com significados populares e ritualísticos como um elemento central.

“A minha proposta artística com esse trabalho é fortalecer os laços da cultura popular dos bairros suburbanos cariocas para assim recriar elementos característicos do imaginário das ruas. É resgatar o território, a favela, o subúrbio e a afrobrasilidade dos territórios periférios.”, explica Luzé, nascida na comunidade da Vila Vintém, em Padre Miguel, além de ser dramaturga formada pela Escola de Teatro Martins Pena e atualmente cursando Artes Cênicas na PUC-Rio.


“Gorila de Caboclo” foi desenvolvido pelo figurinista Vinicius Pitô e do aderecista Luciano Santos e a cor vermelha também faz referência ao Manto Tupinambá. O figurino tem  origem no mais recente trabalho autoral da artista, o livro “Império Nacionalista”. Vale destacar que a indumentária já foi capa do livro que leva o mesmo nome da peça teatral já encenada por Luzé e dessa materializa inúmeras referências da infância da artista no Carnaval da Zona Oeste carioca.

Mas é por nascer principalmente das lembranças de carnavais na favela onde nasceu, que Luzé põe em prática o desejo de tirar o figurino dos palcos e levá-lo para os blocos de rua, que acolheram a proposta. Dessa forma, a roupa ganhará vida nas manifestações populares onde moram as lembranças idealizadas pela artista e que servem de preparação para o projeto de criação de uma futura Folia de Reis na comunidade de origem.

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