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As frutas que você pode deixar no jardim para atrair pássaros e trazer mais vida ao quintal
Basta deixá-las no lugar certo para algo especial começar a acontecer
Nos jardins do Brasil, o sabiá-laranjeira, conhecido pelo peito alaranjado e pela postura relativamente confiante perto de áreas habitadas, é uma das aves mais observadas durante o outono e o inverno em várias regiões. Em meio às temperaturas mais amenas e, em alguns locais, à menor oferta de insetos e frutos naturais, muitas pessoas procuram formas de manter esse visitante bem alimentado e presente no quintal, recorrendo a frutas frescas, frutas secas como as passas e rações específicas para aves silvestres.
Como as passas ajudam a alimentar sabiás no inverno
A palavra-chave principal neste tema é passas para sabiás, já que esse alimento se destaca na dieta suplementar da espécie durante o inverno ou em épocas de escassez de frutos. As passas concentram açúcares naturais e oferecem um reforço calórico importante quando o solo está mais seco ou duro, os insetos se escondem mais fundo e as sementes e frutos naturais ficam escassos em certas regiões.
Especialistas em fauna silvestre recomendam que as passas sejam previamente hidratadas em água morna, o que deixa o alimento mais macio e fácil de ingerir. Essa prática pode ser combinada com outros itens, como banana amassada, mamão em pedaços e misturas específicas para aves frugívoras, sempre sem açúcar, mel ou temperos adicionais, mantendo os alimentos o mais naturais possível. Em dias de frio mais intenso, essa combinação de frutas e passas hidratadas pode fornecer energia rápida para que os sabiás iniciem suas atividades matinais com maior disposição.

É seguro oferecer passas para sabiás em jardins com cães
A presença de cães muda completamente a forma de oferecer passas para sabiás, pois esse alimento é conhecido por ser tóxico para cães, mesmo em pequenas quantidades. A orientação geral é evitar deixar as passas ao alcance dos animais domésticos, principalmente em áreas de circulação livre no quintal ou em jardins acessíveis a cães de vizinhos.
Quando há cães na residência, algumas alternativas ajudam a equilibrar a segurança dos animais de companhia e o bem-estar da fauna silvestre. Essas adaptações permitem alimentar sabiás com menor risco de ingestão acidental de passas pelos cães:
- Instalar uma mesa ou bandeja elevada para alimentação das aves, fora do alcance dos cachorros;
- Usar comedouros enclausurados, que permitem a entrada apenas das aves;
- Substituir as passas por opções mais seguras, como mealworms (larvas desidratadas), rações macias para aves silvestres ou sementes selecionadas.
Além disso, é importante observar o comportamento dos cães: animais muito curiosos ou que pulam sobre móveis externos exigem ainda mais cuidado na escolha do local dos comedouros, podendo ser necessário instalar estruturas suspensas ou em áreas completamente isoladas do acesso canino.
Quais são os melhores alimentos para atrair sabiás ao jardim
Mesmo que as passas para sabiás sejam um atrativo eficiente, não são a única forma de apoiar a espécie em meses frios ou secos. Sabiás têm dieta variada e se beneficiam de uma combinação de alimentos ricos em energia e proteínas, o que ajuda a manter a temperatura corporal, a defesa do território e o canto característico associado às manhãs brasileiras.
Alguns alimentos amplamente usados em comedouros de jardim incluem passas hidratadas (quando não há risco para cães), mealworms secos ou vivos, frutas macias em pedaços e sementes sem casca, como coração de girassol. Misturas específicas para aves frugívoras ou onívoras, com insetos desidratados e grãos finos, também podem ser oferecidas de forma moderada e sempre fresca. Plantar espécies nativas que produzam frutos e oferecer água limpa em pequenas fontes ou recipientes rasos torna o jardim ainda mais atrativo e funcional para os sabiás.
Quem gosta de vida no jardim vai curtir esse vídeo do Planeta Aves sobre frutas que atraem pássaros naturalmente:
Por que a alimentação de sabiás é tão importante no inverno
O inverno, mesmo sendo mais ameno em grande parte do Brasil do que na Europa, pode ser um período crítico para aves pequenas em algumas regiões, especialmente onde há queda de temperatura, redução de chuvas ou perda de vegetação nativa. Estudos com espécies semelhantes indicam que uma ave de pequeno porte pode perder uma parcela significativa de seu peso corporal durante uma única noite fria, tornando essencial a reposição calórica ao amanhecer.
Oferecer alimentos energéticos, como passas, larvas e misturas ricas em gordura, é visto por especialistas como um suporte relevante à sobrevivência da espécie em áreas urbanizadas, desde que feito com responsabilidade e sem substituir a importância da vegetação nativa. A alimentação regular em pequenas quantidades, combinada com abrigo e plantas nativas, transforma jardins em refúgios importantes, ajudando o sabiá-laranjeira a atravessar períodos de menor oferta de alimento com melhores condições de saúde. Além disso, um manejo cuidadoso reduz a dependência excessiva das aves em relação aos comedouros, mantendo seu comportamento de forrageio natural e seu papel ecológico na dispersão de sementes.