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Bebês reborn viram caso de saúde pública e geram polêmica
Apego a bebês reborn pode afetar a saúde mental e virar caso de terapia no SUS. Entenda a proposta de Rosângela Moro.
Os bebês reborn, bonecos que imitam com perfeição recém-nascidos, têm ganhado popularidade nos últimos anos. Criados inicialmente como itens de colecionador, eles agora são usados em terapias e até como substitutos emocionais para algumas pessoas. No entanto, o vínculo emocional intenso que alguns desenvolvem com esses bonecos tem levantado preocupações sobre possíveis impactos na saúde mental.
Recentemente, a deputada federal Rosângela Moro propôs um projeto de lei que visa oferecer apoio psicológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para indivíduos que desenvolvem uma ligação emocional excessiva com esses bonecos. A iniciativa busca garantir que essas pessoas recebam o suporte necessário para lidar com essa dependência emocional de forma saudável.
Por que os bebês reborn são tão atraentes?
Os bebês reborn são conhecidos por sua semelhança impressionante com bebês reais, o que os torna atraentes para colecionadores e terapeutas. Eles são usados em terapias para ajudar pessoas a lidar com a perda, a infertilidade ou até mesmo para treinar futuros pais. No entanto, o uso desses bonecos pode ultrapassar o propósito inicial, levando a um apego emocional que pode interferir na vida cotidiana.
Esse fenômeno levanta questões sobre a linha tênue entre o uso terapêutico e a dependência emocional. Quando o apego a um objeto inanimado começa a substituir interações humanas reais, pode ser um sinal de que a pessoa precisa de apoio profissional.
Qual é a proposta de Rosângela Moro?
O projeto de lei apresentado por Rosângela Moro propõe que o SUS ofereça tratamento psicológico ou psiquiátrico para pessoas que apresentam dependência emocional relacionada aos bebês reborn. A ideia é criar um programa específico para avaliar e, se necessário, acompanhar esses casos de forma contínua. A proposta não visa proibir o uso dos bonecos, mas sim garantir que aqueles que desenvolvem uma ligação exagerada possam receber ajuda adequada.
Além disso, o projeto sugere que outras medidas sejam consideradas, como a aplicação de multas para quem tentar utilizar benefícios destinados a mães e bebês reais, como assentos preferenciais, ao carregar um boneco reborn.

Quais são os próximos passos para o projeto?
O projeto de lei foi enviado à Câmara dos Deputados e aguarda análise pelas comissões responsáveis. Ainda não há um prazo definido para a votação, mas a proposta já gerou discussões sobre a necessidade de regulamentar o uso dos bebês reborn e oferecer suporte para aqueles que desenvolvem uma relação emocional intensa com eles.
Enquanto isso, outros deputados também estão apresentando propostas relacionadas ao tema, buscando soluções para garantir que o uso dos bebês reborn não interfira negativamente na vida das pessoas.
Qual é o papel do apoio psicológico no uso de bebês reborn?
O apoio psicológico é fundamental para ajudar aqueles que desenvolvem uma dependência emocional dos bebês reborn. Terapias bem estruturadas podem ajudar a pessoa a entender e gerenciar suas emoções, promovendo uma relação mais saudável com o objeto. É importante que essas terapias tenham um início, meio e fim claros, evitando que se tornem uma fuga da realidade.
Com a crescente popularidade dos bebês reborn, é essencial que haja um entendimento claro sobre os limites do uso terapêutico e os riscos associados ao apego emocional excessivo. O projeto de lei de Rosângela Moro é um passo importante para garantir que essas questões sejam abordadas de forma adequada.