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Bienal do Livro

‘Não tinha o hábito de leitura’, revela Walcyr Carrasco

Em mesa de debates no primeiro dia da Bienal do Livro, o autor de 'A Dona do Pedaço' contou ainda sobre seu processo de criação: "Sempre tenho uma história para escrever"

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Em mesa de debates no primeiro dia da Bienal do Livro, o ator de ‘A Dona do Pedaço’ contou ainda sobre seu processo de criação: “Sempre tenho uma história para escrever”. (Foto: Diogo Sampaio)

Responsável pelo atual folhetim do horário nobre da TV Globo, “A Dona do Pedaço”, Walcyr Carrasco esteve presente no primeiro dia de evento da Bienal do Livro Rio. Ao lado da também escritora Ana Paula Lisboa e da coordenadora de pesquisa Zoara Failla, Walcyr participou de uma mesa de debate acerca da formação de leitores no Brasil e o que leva alguém a decidir escrever ficção.

Ao relatar o início de seu contato com a leitura, Walcyr Carrasco admitiu que na infância não tinha o hábito de ler:

“Tinha 11 anos de idade, meu pai era rodoviário e minha mãe dona de casa. Não tinha o hábito de leitura. Morava em uma cidade de interior, que hoje é até uma cidade bem universitária, Marília”. “Eu tinha uma vizinha, que tinha aquelas coleções encadernadas. Era uma coisa chique naquela época. Os pais compravam para os filhos não para serem lidas, mas sim para serem exibidas nas estantes”, conta.

“Nesses encadernados, tinha a coleção do Monteiro Lobato. Ela começou me emprestar esses livros, e eu me apaixonei. Foi aí que eu me tornei um leitor compulsivo, não parei mais. Minha mãe começou a ler para acompanhar o que eu estava lendo. Ela não tinha o hábito e adquiriu”, revelou Walcyr.

Durante o bate-papo, Walcyr ainda falou sobre o processo para criação de suas obras:

“Eu sempre tenho uma história para escrever. Eu sempre estou com ideia, sempre quero fazer uma coisa nova e nunca tenho tempo para fazer tudo o que quero. Pode parecer absurdo porque, por eu fazer novela, as pessoas falam assim: ‘Aí meu Deus, mas você escreve tanto já!’. No entanto, falo que quero terminar de escrever a novela para escrever um livro, e depois um outro livro…”.

Sobre seus planos, o escritor disse: “Já estou fazendo pesquisa com uma pessoa para fazer um livro que vai ter um fôlego bem grande’, confessou.

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