Conecte-se conosco

Entretenimento

Caixa Ninho traz para o palco um mundo feito de caixas de papelão onde a imaginação das crianças voa longe

Espetáculo inédito do Eranos Círculo de Arte estreia no Rio de Janeiro em julho Sábados e domingos no Sesc Tijuca

Publicado

em

Caixa Ninho traz para o palco um mundo feito de caixas de papelão onde a imaginação das crianças voa longe (Foto: Eranos Circulo de Arte)
Caixa Ninho traz para o palco um mundo feito de caixas de papelão onde a imaginação das crianças voa longe

Quem tem filho sabe: caixas de papelão sempre foram objetos de grande fascínio pelas crianças da primeira infância e não à toa. Com elas, é possível brincar com os pequenos dando formas diferentes, além de ser uma oportunidade única de entrar no mundo lúdico da criança, estimulando a imaginação e a criatividade. E foi pesquisando mais a fundo este objeto de desejo infantil, que o coletivo Eranos Círculo de Arte, companhia de Itajaí – Santa Catarina, chegou à ideia do espetáculo Caixa Ninho, que estreia nacionalmente no Sesc Tijuca (Teatro 1), , na Zona Norte do Rio, de 02 a 31 de julho, aos sábados (16h) e domingos (11h e 16h) através do Edital Sesc RJ Pulsar 2022. Esta será a primeira temporada da companhia em solo carioca.

Ao longo da trajetória, o Eranos Círculo de Arte, de 2009, coleciona prêmios, participações em festivais e circulação em todo o país. Com expertise de trabalhos para a primeira infância, o grupo apresenta o conceito de protagonismo infantil: “onde as crianças estão no centro de todo o processo de criação das obras, até a participação efetiva durante as apresentações – os pequenos podem interagir de forma espontânea e sentir-se parte integrante do espetáculo (eles podem falar, atuar, ajudar a atriz na condução do roteiro, além de abrir a construção de um diálogo) – , o que os torna parte do espaço estético e criativo da peça. E com Caixa Ninho, o grupo continua a se aprofundar nesta esfera”, explica a atriz Sandra Coelho, que também é autora e pesquisadora da obra junto com o diretor Leandro Maman, e compartilha o palco com a musicista Hedra Rockenbach autora da ambientação sonora realizada ao vivo.

Para aproximar-se deste universo de 1 a 6 anos de idade, o Eranos apostou na vivência das relações que vem desenvolvendo em pesquisa prática, realizando oficinas com crianças de escolas públicas de Itajaí (SC) através de propostas sensoriais, jogos e principalmente a observação de suas relações lúdicas com o espaço, norteando a pesquisa para a construção dramatúrgica.

A sinopse dá a dimensão do que as crianças podem esperar do espetáculo: Caixa Ninho é um acontecimento teatral para a primeira infância, onde as crianças são convidadas a entrar num universo de caixas de papelão – um cenário intimista, lúdico e modular – um espaço compartilhado de relação e construção em que tudo é possível. Neste mundo de caixas, crianças e adultos encontram um ninho e presenciam os primeiros voos de uma caixa passarinho. A atriz Sandra fica junto as caixas e estabelece este vínculo de construção e acolhimento. “A relação que as crianças estabelecem com as caixas – compreendidas aqui como brinquedos não estruturados, ou seja, não possuem uma funcionalidade específica -, foi o ponto de partida para a criação da peça” – completa a atriz.

Caixa Ninho traz para o palco um mundo feito de caixas de papelão onde a imaginação das crianças voa longe (Foto: Eranos Circulo de Arte)
Caixa Ninho traz para o palco um mundo feito de caixas de papelão onde a imaginação das crianças voa longe (Foto: Eranos Circulo de Arte)

Desde o início da pandemia a companhia investiga o uso de caixas de papelão e teatro de animação, assim como suas relações de jogo na composição teatral para a infância. A intenção é continuar esta pesquisa, dessa vez de maneira presencial em Caixa Ninho. O cenário da peça é composto por um grande número de caixas de papelão, em uma ideia de construção cenográfica fluída, onde a criança que participa do espetáculo possa interagir fisicamente, tornando-se também protagonista na relação e composição do espaço cênico e do jogo dramatúrgico, com mediação e condução da atriz.

O uso de linguagem audiovisual e performática em artes cênicas é um dos diferenciais do trabalho do Eranos Círculo de Arte. Em “O Barquinho Amarelo” (2019), as imagens propostas convidam a criança para uma experiência de contemplação, imersão visual e sonora. Já em “#Mergulho – experiência teatral para crianças” (2014), elas têm voz ativa durante toda condução do espetáculo, e sentam junto ao cenário participando da narrativa. Em “Pô!Ema” (2014), as crianças constroem poemas junto com a atriz  e ,ao vivo, alimentam uma Ema e seus Filhotes (bonecos de luz projetados em anteparo). Em Caixa Ninho, a proposta é a de continuar esta pesquisa, através da formação de uma narrativa que possibilite a relação entre criança e espaço cênico – com a construção de um espaço lúdico e modular, formado por caixas de papelão, em interação com a atriz e o público. Este espaço cênico nos remete a um local com características de instalação, o que reforça a ideia de um teatro visual.

O Sesc Tijuca fica na Rua Barão de Mesquita, nº 539, Tijuca, Zona Norte da capital fluminense.

Classificação: livre

Continue lendo