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Juliana Didone relata parto difícil da filha Liz

Com a experiência, a atriz disse que reavaliou vários aspectos da vida

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Foto: Reprodução

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A atriz Juliana Didone contou sobre como foi o nascimento se sua filha, Liz, no programa “Boas-vindas”, do GNT. Ela disse que se preparou para o parto natural, mas acabou passando por momentos bem delicados.

“Todo parto marca a mulher, mas, para mim, marcou negativamente. E isso gerou uma frustração absurda. Eu tinha me dedicado muito a esse parto. Tinha doula, enfermeira, banheira de plástico no meio da sala. Tinha tudo. E aí eu comecei a entrar em trabalho de parto. As dores começaram a se intensificar. Isso durou uma madrugada inteira. Então, a enfermeira chegou e me tocou. Quando ela falou que eu estava com dois centímetros de dilatação, falei: “Não”. Vinte e quatro horas depois que começou esse trabalho de parto, eu fui para o hospital. Ela me tocou de novo, tinha seis de dilatação. Falei: “Não é possível”. A cada vez que vinha a contração, eu usava uma força descomunal, e isso se repetiu por muitas vezes. E aí a gente estava na segunda madrugada de trabalho de parto. Lá pelas tantas eu ouvi: “Não desiste, você vai desistir?”. Mas, ao mesmo tempo que eu já sentia o instinto materno falando “esquece, plano B, esquece”, tinha aquelas pessoas falando “não, não, não”. Então, a gente tentou Kiwi, um procedimento que hoje nem se usa. Você fala com pediatras e eles acham loucura. É tipo um vácuo, que puxa. E eu ali, com minha equipe, sendo motivada de novo a não desistir. “Vai,  quase,  quase”. Chegou o amanhecer, 6h da manhã. Eu já estava exausta”, relembrou Juliana.

Juliana disse que resolveu seguir um conselho da mãe: “Acho que às vezes a gente fica obcecada, achando que tem que ser isso, que isso é legal. O legal é você estar bem. E aí a gente estava tão em parafuso que eu liguei para minha mãe. E foi o anjo da guarda. Ela falou: “O quê? Vai para a cesárea agora”. E ali foi uma iluminação de verdade. Liz nasceu por uma cesárea de emergência mesmo, com a cabeça toda ferida pelo vácuo. Meu mundo caiu. Eu estava muito feliz porque minha filha estava bem e respirando, mas ela já estava em sofrimento, teve que ir para uma incubadora. Eu tive a Liz muito pouquinho. Depois de tanto esforço, ela ficou nos meus braços dois minutos. Eu me senti péssima, porque, em algum momento de tanto estudo, de ir para uma linhagem, de acreditar que essa linha era a certa, a gente quase perdeu nossa filha (a atriz era casada com o artista plástico Flávio Rossi). Na hora, falei: “Rasga tudo o que você criou na sua cabeça e se ouve. Ouve sua filha, ouve o que você quer”. Tenho certeza hoje de que nosso instinto sempre fala com a gente, só que às vezes é baixinho. Se a gente deixa a voz do outro falar mais, a gente se perde, sabe? Eu acho que nunca falei disso, por isso, estou tão emocionada” contou ela.

Com a experiência, a atriz disse que reavaliou vários aspectos de sua vida: “Eu fiz tanto esforço físico que não conseguia segurá-la nos braços. Eu não tinha energia. O medo de que eu causei um sofrimento à minha filha se potencializou. Nos primeiros dez dias da existência dela, eu fiquei indo a um pediatra atrás do outro. O começo não tinha sido muito legal, mas a gente também tinha uma vida inteira pela frente para rever conceitos. Eu mudei a percepção que tenho da existência depois que me tornei mãe. Eu ganhei uma coisa que eu nem sabia que desejava tanto”, afirmou a atriz.

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