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Cidades brasileiras que cresceram por causa do ouro e da mineração

Arquitetura, fé e economia revelam como a mineração moldou paisagens urbanas históricas.

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Cidades brasileiras que cresceram por causa do ouro e da mineração
Ouro Preto (MG) - Créditos: depositphotos.com / lspencer

Quando pensamos em cidades históricas, muita gente imagina apenas igrejas e casario colonial. Mas, no Brasil, ouro, ferro, carvão, manganês e bauxita ergueram ruas, ferrovias e bairros inteiros.

Entender esse ciclo explica por que certos municípios explodiram em população, riqueza — e também em desafios urbanos.

Quais ciclos minerais impulsionaram a urbanização no Brasil?

No século XVIII, o ouro mineiro transformou arraiais em vilas ricas: surgiram câmaras, chafarizes e oficinas, e a malha de caminhos ligou Minas ao litoral. O diamante reforçou o comércio regional e financiou arte e ofícios, criando centralidades duradouras.

Do fim do XIX em diante, ferro e carvão ganharam protagonismo, seguidos por manganês, bauxita e, mais tarde, nióbio e níquel. Ferrovias, portos e usinas acompanharam o avanço, atraindo migrantes, serviços e capital — e impondo a necessidade de gestão ambiental.

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Quais cidades do ciclo do ouro se destacaram?

  • Ouro Preto (MG): antiga Vila Rica, centro político e artístico da mineração setecentista.
  • Mariana (MG): primeira capital mineira, berço administrativo e religioso do período.
  • Sabará (MG): polo de ofícios e comércio, com casario e igrejas do barroco mineiro.
  • Diamantina (MG): fortalecida pelo diamante e pelo entreposto mercantil no Jequitinhonha.
  • São João del-Rei (MG): entreposto de ouro, pecuária e manufaturas que estruturou a região.
  • Congonhas (MG): riqueza que financiou santuários e obras-primas do Aleijadinho.

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Mariana (MG) – Créditos: depositphotos.com / dabldy

Como a mineração recente moldou novas cidades?

No Quadrilátero Ferrífero (MG), ferro e logística formaram e redesenharam cidades como Itabira, Nova Lima e Congonhas, com PIBs dependentes de royalties e cadeias de serviços. Na Amazônia, Carajás impulsionou Parauapebas e Curionópolis, com bairros, escolas e hospitais atrelados ao ciclo mineral.

Os ganhos chegam com dilemas: volatilidade de preços, pressão por moradia e impactos hídricos. Diversificar a economia, investir em saneamento e criar roteiros de patrimônio industrial reduzem o “vai-e-vem” das commodities e deixam legado social mais sólido.

Dica rápida: Planeje visitas a museus de mineração e mirantes de mina a céu aberto — muitos municípios oferecem circuitos educativos que conectam história, geologia e paisagem.

Quais outras cidades cresceram com minérios além do ouro?

  • Parauapebas (PA): ferro de Carajás e eixo da Estrada de Ferro até São Luís (MA).
  • Itabira (MG): tradição do ferro, com infraestrutura e serviços moldados pela mineração.
  • Criciúma (SC): carvão mineral abastecendo indústria e energia no Sul.
  • Serra do Navio (AP): cidade planejada do ciclo do manganês no século XX.
  • Oriximiná (PA): bauxita e logística fluvial conectando Amazônia e exportação.
  • Barcarena (PA): refino/alumínio, porto e efeitos urbanos do corredor mineral.
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