Conecte-se conosco

Entretenimento

Documentário ‘Desova’ estreia com exibição única e gratuita no Sesc Nova Iguaçu

Dirigido e roteirizado por Laís Dantas, o curta da Quiprocó Filmes também centralizará o tema de um bate-papo com após a sessão

Publicado

em

Documentário 'Desova' estreia com exibição única e gratuita no Sesc Nova Iguaçu (Foto: Divulgação)
Documentário 'Desova' estreia com exibição única e gratuita no Sesc Nova Iguaçu (Foto: Divulgação)

O Projeto CineSesc do Sesc RJ vai apresentar na Unidade Nova Iguaçu a estreia na Baixada Fluminense do filme “Desova”, da Quiprocó Filmes, com roteiro, direção e direção de fotografia de Laís Dantas. Trazendo como tema central o desaparecimento forçado na região da Baixada Fluminense, suas causas e consequências, o documentário de curta-metragem terá única exibição na próxima terça (5), às 18h.

A entrada é grátis.

Após a sessão, acontecerá um bate-papo com Gabriel Barbosa, diretor de projetos da Quiprocó Filmes; José Cláudio Souza Alves, pesquisador da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); e Adriano de Araujo; coordenador executivo do Fórum Grita Baixada.

A realização de “Desova” é parte do projeto Grita Baixada 2020, do Fórum Grita Baixada e Observatório Fluminense da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e o filme tem o apoio da Fundação Heinrich Böll.

“Desova” busca compreender as dinâmicas do desaparecimento forçado de pessoas, que incluem técnicas do Estado de desaparecer corpos, além de abordar como as mães e familiares das vítimas lidam com os traumas, por meio da criação de grupos e coletivos de apoio. Teve sua estreia internacional no 12º Festival Internacional de Cine Político – FICIP, em Buenos Aires, em maio de 2023, levando o Prêmio de Melhor Filme na Competição Oficial Internacional de Curtas-metragens e também foi selecionado para o 19° Brésil en Mouvements e para a 3ª Semana do Cinema Negro de BH.

Filmado na região do KM 32, em Nova Iguaçu, além de localidades próximas, o documentário apresenta dados alarmantes sobre o problema, traz depoimentos de mães que se organizaram em coletivos e em grupos de arteterapia para lidar com a dor da ausência, além de depoimentos de pesquisadores e estudiosos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), além de outros estudiosos que desenvolvem pesquisas focadas no assunto.

“O impacto que se espera que essa obra possa ter na sociedade é despertar a conscientização e a empatia em relação à realidade das vítimas, além de expor as dinâmicas e as técnicas utilizadas pelo Estado nesse contexto. Através da narrativa e da representação emocional dessas histórias, o curta busca gerar reflexão e debate sobre a violência institucional, os direitos humanos e a importância de enfrentar essas questões sociais”, afirma a diretora Laís Dantas, de 27 anos, nascida e criada em Duque de Caxias.

Filme foi viabilizado graças a emenda parlamentar de 2020 do deputado Marcelo Freixo, conta com o apoio do Fórum Grita Baixada e da Fundação Heinrich Böll

“Desova” foi viabilizado por meio de uma emenda parlamentar de 2020, de autoria do deputado federal Marcelo Freixo, que não só possibilitou a realização do filme, mas também uma pesquisa sobre o assunto intitulada “Mapeamento exploratório sobre desaparecidos e desaparecimentos forçados em municípios da Baixada Fluminense”, conduzida por diversos pesquisadores da UFRRJ, e coordenada por José Cláudio Souza Alves, Nalayne Mendonça Pinto e Adriano de Araujo.

Todas as ações também fazem parte do projeto Grita Baixada 2020, do Fórum Grita Baixada, que apresenta o curta-metragem, sob a coordenação de Adriano de Araújo. O filme conta ainda com o apoio da Fundação Heinrich Böll.

“Espero que ‘Desova’ possa sensibilizar o público, levando as pessoas a questionar a impunidade e a falta de resposta diante desses casos, bem como estimular a demanda por justiça e a necessidade de medidas efetivas para prevenir e combater a desaparição forçada. Ao expor a magnitude do vazio deixado pela perda e o impacto profundo nas vidas das famílias afetadas, a obra busca promover uma mudança social e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária”, conclui a diretora.

Continue lendo