Dono de museu lança alerta após série da Netflix sobre Ed Gein causar busca por “artefatos reais”

A estreia da nova série da Netflix “Monster: The Ed Gein Story” reacendeu o interesse no caso do famoso assassino americano. Mas, segundo Chloë Manon, coproprietária do Graveface Museum, o que muitos estão encontrando na internet não passa de mitos e falsificações.

Em um vídeo publicado no TikTok do museu (@graveface_museum), Chloë fez um alerta aos fãs de crimes reais: grande parte do que é divulgado sobre Ed Gein — que inspirou filmes como O Massacre da Serra Elétrica — foi distorcido por décadas de ficção e desinformação.

Segundo a museóloga, a maioria dos artefatos físicos supostamente ligados ao criminoso nunca existiu. A maior parte das evidências foi obtida ilegalmente e acabou destruída. Foram queimadas, incineradas ou enterradas.

Quais objetos de Ed Gein são falsos?

A especialista listou alguns exemplos comuns de falsificações:

• Abajures feitos de pele humana;
• Roupas costuradas com partes de corpos;
• Cintos e luvas supostamente produzidos por Gein;
• “Relíquias” vendidas online associadas ao caso.

“Essas peças são totalmente fabricadas”, afirmou. “Nenhum desses itens é real, embora sejam frequentemente apresentados como autênticos.”

A mídia ajudou a distorcer a história?

Chloë também criticou a cobertura jornalística da época. Segundo ela, em 1957 havia mais repórteres em Plainfield, cidade onde Gein vivia, do que moradores locais. “E muitas das entrevistas que estavam sendo conduzidas eram como jornalistas conversando com outros jornalistas. Sem mencionar que essas notícias iniciais estavam acontecendo enquanto o caso ainda estava em andamento”, pontuou.

No vídeo, ela conclui com um apelo aos fãs de produções baseadas em crimes reais: “Leiam e ouçam com cautela o que é divulgado online”.