Duda Nagle compartilha a dor e os aprendizados da guarda compartilhada

A guarda compartilhada de filhos após o término de um relacionamento é uma realidade cada vez mais presente nas famílias brasileiras. Esse modelo, que prevê a divisão equilibrada das responsabilidades parentais, tem como objetivo garantir o bem-estar da criança, promovendo a convivência com ambos os pais. No entanto, lidar com a ausência do filho em determinados períodos pode ser um desafio emocional significativo para mães e pais.

Recentemente, a experiência de Duda Nagle com a guarda compartilhada de sua filha Zoe, fruto do relacionamento com Sabrina Sato, trouxe à tona reflexões sobre os impactos desse arranjo familiar. O ator compartilhou em suas redes sociais os sentimentos que surgem nos momentos em que a filha está sob os cuidados da mãe, evidenciando como a saudade e a adaptação à nova rotina fazem parte do cotidiano de muitos pais separados.

O que é guarda compartilhada e como funciona?

A guarda compartilhada é um regime legal que determina que ambos os genitores participem ativamente das decisões relacionadas à vida dos filhos, mesmo após a separação. Esse modelo foi regulamentado no Brasil pela Lei nº 13.058/2014, que estabelece que, salvo situações excepcionais, a guarda deve ser compartilhada para garantir o melhor interesse da criança.

No cotidiano, a guarda compartilhada não significa necessariamente que o tempo de convivência será dividido de forma igualitária, mas sim que as responsabilidades e decisões são tomadas em conjunto. Entre os principais pontos desse regime estão:

• Participação ativa dos pais na educação, saúde e rotina da criança;
• Definição de períodos de convivência, respeitando a rotina escolar e social do filho;
• Compartilhamento de decisões importantes, como mudanças de escola ou tratamentos médicos.

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Quais são os desafios emocionais da guarda compartilhada?

Para muitos pais, como Duda Nagle, o principal desafio da guarda compartilhada é lidar com a ausência do filho nos períodos em que ele está com o outro responsável. Esse sentimento de saudade pode ser intensificado após momentos de maior proximidade, como viagens ou feriados prolongados, quando a convivência se torna mais intensa e significativa.

Além da saudade, outros fatores emocionais costumam estar presentes:

1. Adaptação à nova rotina: Reorganizar o dia a dia para se ajustar aos períodos de convivência pode exigir flexibilidade e resiliência.
2. Gestão de expectativas: É comum que pais e mães precisem aprender a lidar com o tempo limitado ao lado dos filhos, valorizando ainda mais cada momento juntos.
3. Comunicação constante: Manter um diálogo saudável com o outro genitor é fundamental para garantir o bem-estar da criança e evitar conflitos desnecessários.

Como a guarda compartilhada pode beneficiar a criança?

Apesar dos desafios enfrentados pelos adultos, a guarda compartilhada apresenta vantagens importantes para o desenvolvimento infantil. Ao conviver com ambos os pais, a criança tende a se sentir mais segura e amparada, fortalecendo vínculos afetivos e aprendendo a lidar com diferentes realidades familiares.

Entre os benefícios mais observados nesse modelo estão:

• Maior equilíbrio emocional, devido à presença constante das duas figuras parentais;
• Estímulo à autonomia e à adaptação a diferentes ambientes;
• Redução de conflitos, quando os pais mantêm uma relação respeitosa e colaborativa.

Como lidar com a saudade e fortalecer o vínculo familiar?

Para pais e mães que enfrentam a saudade durante os períodos de afastamento, algumas estratégias podem ajudar a fortalecer o vínculo com os filhos e tornar a convivência mais significativa. Manter a comunicação aberta, planejar atividades especiais nos dias juntos e demonstrar interesse genuíno pela rotina da criança são atitudes que contribuem para uma relação saudável.

Além disso, buscar apoio emocional, seja por meio de amigos, familiares ou profissionais, pode ser fundamental para lidar com os sentimentos que surgem nesse processo. A guarda compartilhada, apesar dos desafios, oferece a oportunidade de construir uma relação mais consciente e presente com os filhos, valorizando cada momento de convivência.