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Espinafre e morangos aparecem na lista das “frutas e verduras mais sujas” e chamam atenção

Dois alimentos comuns apareceram em posições que chamaram atenção

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Espinafre e morangos aparecem na lista das “frutas e verduras mais sujas” e chamam atenção
A divulgação levanta debates sobre uso de agrotóxicos, segurança alimentar e acesso a frutas e hortaliças

O tema dos chamados “alimentos mais sujos” volta a aparecer em 2025 com a divulgação da lista The Dirty Dozen, elaborada pelo Environmental Working Group (EWG), nos Estados Unidos. Neste ano, o espinafre lidera o ranking, seguido por morango e couve kale, o que levanta dúvidas entre consumidores sobre a segurança dos vegetais no prato do dia a dia e afeta diretamente a percepção sobre o trabalho agrícola, o uso de agrotóxicos no campo e o equilíbrio entre segurança alimentar e acesso a frutas e hortaliças.

O que é a lista The Dirty Dozen e por que o espinafre lidera o ranking em 2025

A lista The Dirty Dozen é um relatório anual que reúne, a partir de dados oficiais norte-americanos, os doze vegetais e frutas com maior frequência de detecção de resíduos de agrotóxicos. Em 2025, o espinafre ocupa o topo do ranking, enquanto outro grupo, o Clean Fifteen, reúne produtos com menor quantidade ou frequência de resíduos detectados.

Na prática, o que a lista mede é a frequência de resquícios de defensivos, o número de tipos diferentes encontrados na mesma amostra e a soma das concentrações detectadas. Esses critérios destacam produtos que merecem atenção em relação à exposição a pesticidas, mas essa classificação isolada não significa risco direto e imediato para a saúde de quem os consome.

Espinafre e morangos aparecem na lista das “frutas e verduras mais sujas” e chamam atenção
Espinafre e morangos entre os itens mais preocupantes da lista – Créditos: depositphotos.com / KostyaKlimenko – Créditos: depositphotos.com / LiudmylaChuhunova

Vegetais mais sujos significam alimentos necessariamente perigosos

A expressão “mais sujos” causa apreensão, mas o relatório não segue a lógica completa dos estudos de risco toxicológico. Em avaliações de segurança entram fatores como quantidade média ingerida, tempo de exposição, peso corporal, metabolismo, combinação de alimentos e condições de saúde do indivíduo.

Órgãos de controle estabelecem limites máximos de resíduos (LMR) e realizam fiscalizações para verificar o cumprimento das normas. Em cenários de consumo regular de frutas e hortaliças higienizadas, estudos de saúde pública apontam que a maior ameaça costuma ser a baixa ingestão de vegetais, enquanto o “efeito coquetel” de múltiplos defensivos ainda é tema de pesquisas em andamento.

Como interpretar relatórios de pesticidas sem demonizar a agricultura

Relatórios como o The Dirty Dozen usam linguagem direta para chamar atenção ao uso de agrotóxicos e incentivar o consumo de orgânicos ou de alimentos com menor carga química. Essa abordagem alerta o consumidor, mas pode reforçar rótulos simplificadores sobre a agricultura convencional e o trabalho de produtores submetidos a clima instável, pragas e exigências estéticas rigorosas do mercado.

Em muitos casos, o defensivo agrícola é visto pelos produtores como um seguro mínimo para não perder a safra diante de chuvas intensas, secas, variações bruscas de temperatura e pressão de pragas. Ao replicar um ranking internacional em outro país, é essencial considerar clima, legislação de agrotóxicos, programas locais de monitoramento e hábitos alimentares antes de tratar a lista como sentença definitiva sobre um produto.

Quem se interessa por segurança alimentar vai curtir esse vídeo do TV Aparecida, discutindo o como higienizar frutas e verduras:

O que famílias podem fazer diante de listas como The Dirty Dozen

Na rotina doméstica, relatórios sobre “vegetais mais contaminados” podem levar à substituição de itens por versões orgânicas ou ao afastamento de verduras e frutas por medo de contaminação. A segunda reação é mais problemática, pois reduz o consumo de alimentos essenciais para uma dieta equilibrada, embora seja possível adotar medidas simples para diminuir resíduos.

Entre essas medidas, algumas orientações práticas são frequentemente sugeridas em segurança alimentar e podem ser incorporadas ao dia a dia das famílias:

  • Lavar bem folhas, frutas e legumes em água corrente, esfregando a superfície quando possível.
  • Descartar folhas externas mais danificadas ou muito expostas.
  • Alternar tipos de vegetais e frutas, distribuindo a exposição ao longo do tempo.
  • Quando o orçamento permitir, priorizar versões orgânicas de alguns itens que aparecem recorrentemente em rankings de resíduos.

Como equilibrar a preocupação com o espinafre e o apoio a sistemas alimentares mais seguros

A presença do espinafre no topo da lista dos “alimentos mais sujos de 2025” sinaliza um ponto de atenção, mas também convida a uma reflexão mais ampla sobre segurança de alimentos, transparência de dados e condições reais de produção agrícola. Em vez de enxergar apenas um vilão no prato ou no campo, é possível equilibrar a proteção da saúde com o reconhecimento dos desafios envolvidos no cultivo de verduras e frutas.

Relatórios como o The Dirty Dozen podem servir de gatilho para perguntar quais órgãos fazem o monitoramento oficial, com que frequência os dados são divulgados e como agricultores lidam com pragas e mudanças climáticas. A partir dessas respostas, famílias podem ajustar a forma de consumir, comprar e apoiar sistemas alimentares que busquem reduzir o uso de agrotóxicos, mantendo a presença constante de vegetais coloridos no prato.

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