Essa planta exótica afasta traças e traz um aroma suave perfeito para quem gosta de ambiente acolhedor

Entre as plantas aromáticas nativas do Brasil, o sândalo brasileiro afasta traças (Croton heliotropiifolius) chama atenção pelo perfume marcante e pela versatilidade de uso, ajudando a afastar traças, perfumar ambientes de forma natural e despertando interesse em práticas de aromaterapia e bem-estar.

O que é o sândalo-brasileiro (Croton heliotropiifolius)

O sândalo-brasileiro é um arbusto ou pequena árvore da família Euphorbiaceae, típico de ambientes semiáridos do Nordeste, como caatinga e cerrado. Pode atingir entre 2 e 5 metros de altura, com copa ramificada e folhas ovais ou ligeiramente alongadas, que liberam perfume intenso ao sol, ao toque ou quando secas.

A espécie contribui para a cobertura do solo, abrigo da fauna e manutenção da vegetação nativa, sendo valorizada em projetos de restauração ecológica. Pesquisas acadêmicas analisam o óleo essencial da planta, que apresenta compostos com potencial atividade antimicrobiana e repelente, reforçando seu uso em produtos naturais.

Como o sândalo-brasileiro ajuda a afastar traças e perfumar ambientes

O sândalo-brasileiro é associado à capacidade de ajudar a afastar traças e outros pequenos insetos de armários e gavetas graças às substâncias aromáticas presentes em folhas e ramos. Em ambientes fechados, o cheiro amadeirado e herbal tende a se concentrar, tornando o local menos atrativo para traças que se alimentam de tecidos e papéis.

Na prática, o uso mais comum envolve a montagem de sachês com partes secas da planta para proteção de roupas, livros e objetos guardados. Esses sachês podem ser distribuídos estrategicamente em diferentes pontos da casa para prolongar o efeito aromático e repelente, como:

• Gavetas de roupas, lençóis e peças de uso sazonal;
• Prateleiras de armários de roupas e sapatos;
• Caixas de livros, documentos ou revistas guardadas;
• Baús e móveis antigos de madeira e tecido.

Quais são os usos do sândalo-brasileiro na aromaterapia natural

O uso do sândalo-brasileiro em aromaterapia natural está ligado principalmente ao seu óleo essencial, extraído de folhas e ramos por destilação a vapor. O óleo é concentrado e deve ser diluído em bases neutras, como óleos vegetais ou soluções alcoólicas, evitando sempre o contato direto com olhos, mucosas e pele sensível.

Em propostas de aromaterapia, o sândalo-brasileiro é associado a ambientes de descanso, meditação e rituais de autocuidado, muitas vezes combinado a óleos como lavanda, laranja-doce ou capim-limão. Seus usos mais comuns incluem difusores, velas aromáticas, borrifadores para tecidos e banhos aromáticos sempre com diluição adequada e orientação profissional.

Esse vídeo do Cultivando mostra como o sândalo-brasileiro é usado na aromaterapia:

Como cultivar o sândalo-brasileiro em casa

O cultivo do sândalo-brasileiro pode ser feito em jardins ou em vasos grandes, desde que receba sol pleno ou meia-sombra e boa circulação de ar. O solo deve ser bem drenado, com mistura de terra comum, areia e composto orgânico bem curtido, evitando encharcamento, mas mantendo umidade moderada em períodos secos.

Para um bom desenvolvimento, recomenda-se iniciar o plantio com mudas de viveiros especializados ou projetos de restauração ecológica. A rega deve ser mais frequente no início, espaçando após o enraizamento, e podas leves ajudam a controlar o tamanho, estimular a ramificação e aumentar a produção de folhas aromáticas ao longo do ano.

Quais cuidados ambientais e de segurança o sândalo-brasileiro exige

Apesar do potencial aromático e repelente, o uso do sândalo-brasileiro requer atenção ambiental, evitando a coleta predatória em áreas naturais. A retirada excessiva de ramos e folhas pode comprometer o equilíbrio da vegetação local, por isso o cultivo doméstico com mudas legalizadas é a alternativa mais indicada para uso frequente da planta.

Em relação à segurança, é importante evitar a ingestão de partes da planta ou do óleo essencial sem acompanhamento profissional e sempre testar produtos aromáticos em pequena área da pele antes do uso mais amplo. Em casas com crianças, idosos ou pessoas com alergias respiratórias, difusores e sprays devem ser usados com parcimônia, em ambientes ventilados, valorizando o bem-estar sem riscos desnecessários.