Entretenimento
Esse erro está arruinando os reboots mais esperados de Hollywood
Quando a nostalgia decepciona e destrói franquias amadas
No universo do entretenimento, os reboots conquistaram espaço significativo na indústria audiovisual. Muitas grandes produções foram revisitadas para atrair novas gerações ou resgatar o interesse de antigos fãs.
Essa estratégia, que consiste em reiniciar franquias famosas com novas abordagens ou elencos, pode ser um sucesso absoluto ou um verdadeiro tiro no pé, dependendo da execução, da receptividade do público e das tendências de consumo, como mostrou relatório analítico da Statista publicado em 2024, apontando que 57% dos lançamentos de séries nos principais streamings envolviam algum tipo de reboot ou remake.
O sucesso do reboot depende de diversos fatores, como o respeito pela obra original e a inovação na linguagem ou nos personagens. Um dos exemplos mais notórios de reboot bem sucedido foi “Battlestar Galactica”. Lançado originalmente em 1978, a versão de 2004 apresentou uma narrativa envolvente e inovadora, conquistando prêmios e uma base de fãs ampliada, segundo dados da American Film Institute divulgados em 2023.
Já o reboot de “Doctor Who” em 2005 revitalizou a franquia britânica, tornando-se referência de ficção científica para um novo público, conforme pesquisa conduzida pelo The British Film Institute.
Por que alguns reboots fracassam?
Nem sempre a aposta nos reboots é sinônimo de bons resultados. O fracasso pode estar ligado a roteiros pouco originais, mudanças excessivas em relação à proposta original ou rejeição dos fãs antigos. A releitura de “CHiPs”, lançada nos cinemas em 2017, não alcançou o sucesso esperado: críticos e audiência avaliaram negativamente tanto narrativa quanto produção, segundo o site Rotten Tomatoes. Outro caso foi o reboot de “Hellboy” (2019); sem conseguir repetir o carisma da versão anterior dirigida por Guillermo Del Toro, a produção amargou baixos índices de bilheteria e críticas negativas, como relatado em estudo comparativo do Box Office Mojo.
Portanto, enquanto franquias como “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) mostram que o reboot pode revitalizar ícones do cinema com criatividade e respeito às raízes, outros exemplos reforçam que o desafio exige equilíbrio entre inovação e fidelidade, além de diálogo constante com o público.