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Há algo no ar dos dias frios que deixa o pôr do sol mais prolongado

O frio altera sutis detalhes na atmosfera e cria despedidas de sol inesquecíveis

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Há algo no ar dos dias frios que deixa o pôr do sol mais prolongado
Quando o frio chega, o pôr do sol muda - Créditos: depositphotos.com / DimaKozitsyn

Em muitos lugares, é comum a impressão de que o pôr do sol demora mais no inverno ou em dias frios. A luz parece ficar mais tempo no horizonte, as cores se estendem e a passagem do dia para a noite parece mais lenta, sensação ligada a fatores astronômicos, atmosféricos e também ao comportamento das pessoas nessa época do ano.

Por que o pôr do sol parece durar mais nos dias frios

A sensação de que o pôr do sol dura mais nos dias frios tem relação, principalmente, com o ângulo em que o Sol se põe no horizonte. Durante o outono e o inverno, o Sol segue uma trajetória mais baixa no céu e se aproxima do horizonte em um ângulo menos íngreme, o que prolonga a fase em que fica parcialmente visível.

Esse movimento mais “rasante” espalha luz por mais tempo e torna o entardecer visualmente mais longo. Embora a temperatura não altere o relógio, a combinação entre inclinação da Terra, trajetória do Sol no céu e características do ar frio reforça essa percepção de um pôr do sol mais demorado.

Há algo no ar dos dias frios que deixa o pôr do sol mais prolongado
Quando o frio chega, o pôr do sol muda – Créditos: depositphotos.com / YuliyaKirayonakBO

Como a influência da palavra-chave “pôr do sol em dias frios” se relaciona com a astronomia

A palavra-chave principal, pôr do sol em dias frios, está ligada a um conjunto de fatores astronômicos. A Terra gira em torno de seu eixo com a mesma velocidade o ano inteiro, então o tempo que o Sol leva para completar o ciclo de nascer e se pôr não muda de forma brusca, mas a duração do dia e o caminho aparente do Sol variam com as estações.

Nos dias frios, em muitas regiões, o Sol nasce mais tarde e se põe mais cedo, tornando o dia mais curto. Mesmo assim, o processo do crepúsculo — o intervalo entre o Sol tocando o horizonte e o escurecer — pode parecer mais demorado por causa do caminho inclinado e da cor do céu, marcado por tons alaranjados e rosados que permanecem por mais tempo.

  • Trajetória baixa: o Sol se move mais próximo ao horizonte.
  • Ângulo menor: o encontro com o horizonte ocorre de forma mais lenta.
  • Luz espalhada: o crepúsculo se estende em mais minutos visíveis.

Como o ar frio muda a cor e a duração aparente do pôr do sol

O ar frio tende a ser mais denso e, em muitos casos, mais limpo, com menor presença de partículas de poluição em suspensão, especialmente longe de grandes centros urbanos. Nessas condições, a dispersão da luz solar pelas moléculas de ar fica mais evidente e torna mais nítidos os contrastes entre as diferentes tonalidades do céu.

A luz azul é espalhada em várias direções, enquanto as tonalidades vermelhas e alaranjadas seguem até os olhos de quem observa o horizonte. Esse processo faz com que o pôr do sol em dias frios pareça mais colorido e mais longo, pois a luminosidade diminui devagar e o céu passa por diferentes tons antes de escurecer por completo.

  1. O Sol se aproxima do horizonte em um ângulo menor.
  2. O ar frio e mais estável favorece um crepúsculo suave.
  3. As cores permanecem visíveis por mais tempo no céu.

Quem gosta de fenômenos naturais vai curtir esse vídeo do Universo Perpendicular explicando por que o pôr do sol:

@universoperpendicular

🌅 É uma miragem 😎 Já reparaste que durante o por do Sol, o Sol parece mover-se mais depressa? É estranho não é? E se eu te disser que, na verdade, quando vemos o Sol a por-se, ele já não está lá? Como raio se explica isto, se o Sol se move a um ritmo constante de 15º no céu a cada hora? Será só pelo facto de haver pontos de referência no horizonte, que nos permitem ter melhor perceção do movimento do Sol? Não. O fenómeno chama-se refração atmosférica sobre a luz. No vácuo a luz viaja sempre em linha reta, a 300 mil quilómetros por segundo. Mas quando esbarra na atmosfera da Terra, ela abranda por encontrar um meio mais denso. Ora, ao abrandar, a luz do dobra para baixo, acabando por criar a ilusão de o Sol estar bem acima da posição onde realmente está. Na verdade, quando vês o Sol a pôr-se, ele já foi embora há uns 5 minutos! Já não está lá! É uma miragem que vês todos os dias!  Dito isto, isto significa, apesar parecer estranho, o movimento aparente do por do Sol é mais lento do que pensas, porque lá está: o Sol já foi embora e tu ainda o estás a ver a deitar-se. Já o inverso acontece no nascer do Sol. O Sol ainda nem cruzou o horizonte e já se pode ver, justamente pelo mesmo efeito. Portanto, sempre que alguém te disser “Acorda pá! Olha o Sol já a levantar”, podes responder com “só mais 5 minutos!”. Já sabes: Continua a dar Espaço 🚀

♬ som original – Universo Perpendicular

Como a percepção humana e a rotina em dias frios afetam o pôr do sol

Além da física e da astronomia, a forma como o cérebro interpreta o tempo influencia a ideia de que o pôr do sol dura mais no frio. Em dias frios, muitas pessoas passam mais tempo em ambientes internos e prestam mais atenção à janela ou à vista no fim da tarde, o que faz o entardecer ganhar destaque na rotina diária.

Outro ponto é que, com o encurtamento dos dias, o pôr do sol coincide mais facilmente com horários em que as pessoas estão voltando do trabalho, no transporte público ou chegando em casa. Esse contato frequente com o horizonte no fim da tarde aumenta a quantidade de vezes em que o fenômeno é observado e reforça a impressão de um pôr do sol mais demorado e marcante.

O que muda entre verão e inverno no pôr do sol

Entre verão e inverno, a diferença central está na duração do dia e na posição do Sol no céu. No verão, o Sol percorre um caminho mais alto e se põe em um ângulo mais inclinado, descendo de forma mais rápida em direção ao horizonte e produzindo um crepúsculo que parece mais curto.

No inverno, a trajetória é mais baixa, o que alonga a fase de pôr do sol em termos visuais, mesmo que o tempo de rotação da Terra permaneça inalterado. Assim, o ângulo com que o Sol cruza o horizonte, as características do ar frio e o modo como as pessoas vivem e observam esse período do dia explicam por que o entardecer em dias frios costuma ser percebido como mais longo e intenso.

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