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Justiça investiga MC Poze após declarações e shows polêmicos
Ligação com facção e shows armados colocam MC Poze no centro de investigações. Veja o que diz a Justiça.
MC Poze do Rodo, um nome conhecido no cenário do funk carioca, tem sido alvo de investigações e controvérsias ao longo dos anos. Recentemente, o artista foi preso sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Este artigo explora os eventos que levaram à sua prisão e as implicações de suas ações no contexto social e jurídico.
Em maio de 2025, MC Poze foi detido e transferido para a Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, também conhecida como Bangu 3. A prisão ocorreu após o cantor declarar, em seu prontuário, ligação com a facção Comando Vermelho. Essa declaração não implica confissão de crime, mas serve para orientar a alocação dos presos e evitar confrontos entre facções rivais dentro do sistema penitenciário.
Qual é a ligação de MC Poze do Rodo com o Comando Vermelho?
A ligação de MC Poze com o Comando Vermelho tem sido um ponto central nas investigações. A Polícia Civil alega que o artista realiza apresentações em áreas dominadas pela facção, onde suas músicas servem como plataforma para a ostentação armada de traficantes locais. As letras de suas canções são acusadas de promover o tráfico de drogas e incentivar o uso de armamentos ilegais.
As autoridades afirmam que os eventos organizados com a participação de Poze têm como objetivo aumentar os lucros da facção, revertendo o faturamento em armamento e drogas. Em resposta, o cantor e seu advogado contestam as acusações, alegando perseguição e falta de provas concretas.
Como as apresentações de MC Poze do Rodo impactam a segurança pública?
As apresentações de MC Poze em áreas controladas pelo tráfico têm gerado preocupações significativas para a segurança pública. Vídeos divulgados mostram o artista se apresentando em bailes funk, onde traficantes armados circulam livremente entre o público. Esses eventos são vistos como um desafio direto às autoridades e um incentivo à violência entre grupos criminosos.
Um exemplo notável ocorreu na Cidade de Deus, onde Poze se apresentou pouco antes da morte de um policial civil durante uma operação na região. Esses incidentes destacam a complexa relação entre a cultura do funk e o crime organizado no Rio de Janeiro.

Quais foram as investigações anteriores envolvendo MC Poze do Rodo?
Além das acusações atuais, MC Poze já foi alvo de outras investigações. Em 2024, ele e sua companheira, Viviane Noronha, foram investigados na Operação Rifa Limpa, que apurava rifas ilegais promovidas online. Durante a operação, diversos bens de luxo foram apreendidos, mas posteriormente devolvidos por falta de provas de ligação com atividades criminosas.
Essas investigações refletem a contínua vigilância das autoridades sobre o artista e levantam questões sobre a linha tênue entre liberdade de expressão e apologia ao crime no contexto musical.
O que o futuro reserva para MC Poze do Rodo?
O futuro de MC Poze do Rodo permanece incerto, com as investigações em andamento e as acusações ainda pendentes. Enquanto seu advogado busca reverter a prisão através de um habeas corpus, o caso continua a atrair atenção midiática e debate público sobre o papel dos artistas na sociedade e suas responsabilidades legais.
Independentemente do desfecho, a trajetória de MC Poze destaca a complexidade das questões sociais e legais enfrentadas por artistas que emergem de contextos marginalizados, desafiando as normas estabelecidas e provocando discussões sobre justiça e liberdade de expressão.