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Kesha revela como foi trabalhar com Dr. Luke durante batalha judicial

“Parecia desumano”, afirmou

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Kesha revela como foi trabalhar com Dr. Luke durante batalha judicial

Atualmente, a cantora Kesha é uma artista independente, mas até poucos anos atrás, ela era contratualmente obrigada a trabalhar com a mesma pessoa que estava processando.

Nesta terça-feira (8), ela deu uma entrevista no podcast Reclaiming de Monica Lewinsky, e se abriu sobre como foi ser forçada a cumprir seu contrato com a Kemosabe Records, de Dr. Luke, mesmo enquanto ela e o produtor estavam envolvidos em uma dura batalha judicial. Segundo a Billboard, a alegação de Kesha, em 2014, foi de que ele a drogou e estuprou em uma festa em 2005. Dr. Luke, que sempre negou veementemente as acusações, a processou por difamação; as duas partes finalmente chegaram a um acordo em junho de 2023, com o produtor continuando a negar as acusações.

“As gravações da minha voz não me pertenciam legalmente no universo para sempre“, explicou Kesha a Lewinsky. “Entregar música para alguém com quem você está em litígio… eles estão no controle da promoção, dos orçamentos, de tudo, do lançamento, de tudo. Por anos. Por 10 anos. Essa era a única maneira de eu sair do acordo [com Kemosabe], era se eu entregasse a música.”

“Na minha cabeça, parecia a maior confusão mental de todos os tempos”, continuou. “Ainda me deixa perplexa, porque não faz sentido como o sistema jurídico pôde simplesmente assistir a isso acontecer e dizer: ‘É, tudo bem’. Parecia desumano.”

“E no meio de tudo isso, foi tipo: ‘Bem, suba no palco, sorria e cante ‘Tik Tok’”, acrescentou Kesha, referindo-se ao seu hit de 2009. “Eu estava morrendo. Eu estava realmente morrendo por dentro.”

“Todos os dias, o dia todo, durante 10 anos“, disse ela no podcast. “Eu não conseguia dormir. Eu simplesmente sentava e pensava: ‘Certifique-se de não esquecer isso, certifique-se de não esquecer aquilo quando estiver no julgamento. Anote cada coisa traumatizante’. Diários sobre diários sobre diários. No chuveiro, eu simplesmente chorava e entrava em uma espiral descendente.”

Vale destacar que a sorte de Kesha mudou em 2023, quando Gag Order não alcançou o sucesso nas paradas de seus álbuns anteriores. Em dezembro daquele ano, ela contou que recebeu um telefonema com a decisão da gravadora de dispensá-la. “‘Em três meses, você estará livre’”, ouviu do outro lado da linha.

Kesha lança seu primeiro álbum independente ‘Period’

Na última sexta-feira (4), Kesha lançou seu primeiro disco independente, “Period“, com 11 faixas pop.

Segundo a Billboard, liderado pelos singles “Joyride”, “Yippee-Ki-Yay”, “Delusional”, “The One” e “Boy Crazy”, o projeto marca seu primeiro lançamento completo pela sua própria gravadora, a Kesha Records.

Vale lembrar que Kesha se abriu sobre como foi o processo de assumir o controle sobre sua própria arte.

Em março de 2024, Kesha foi finalmente liberada de seu contrato com a Dr. Luke.

“Eu realmente sinto que foi um retorno ao lar em muitos aspectos — não apenas legalmente, aos direitos da minha voz, mas também por me livrar daquela vergonha internalizada, de me livrar de tudo isso e voltar para casa, para o meu próprio corpo, minha alegria, para mim mesma”, disse Kesha à Billboard. “E parte disso tem sido curar meu relacionamento com os discos que lancei e que foram difíceis de fazer — que foram percebidos de uma forma que não era a que eu pretendia, que estavam ligados a eventos que eu não defendo.”

Vale destacar que este projeto é o sexto álbum de estúdio de Kesha e o primeiro desde Gag Order, de 2023. Ela já emplacou quatro álbuns no top 10 da Billboard 200 ao longo de sua carreira, incluindo os hits número 1 Animal (2010) e Rainbow (2017).

Confira: