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Milionário quer mulher 20 anos mais jovem que não seja de Escorpião
Com salário de £50 mil (cerca de R$ 360 mil) por ano, o milionário busca uma mulher que atenda a uma série de exigências para se casar e ter um filho
O aristocrata britânico Sir Benjamin Slade, de 79 anos, causou polêmica ao divulgar um apelo público em busca de uma amada que atenda à sua longa lista de exigências, que vão de idade a posicionamento político. O milionário, descendente do rei Carlos II e dono de uma propriedade de 526 hectares na Inglaterra, afirma procurar uma “boa reprodutora”, capaz de lhe dar dois herdeiros homens. Em troca, oferece um salário anual de £50 mil (cerca de R$ 360 mil), além de moradia, carro, férias e despesas pagas.
Para começar, Slade exige que a candidata tenha pelo menos 20 anos a menos que ele, embora, em entrevistas, já tenha buscado mulheres até 40 anos mais jovens. Em aplicativos de namoro, chegou a se apresentar como tendo 56 anos — bem abaixo da idade real.
Em participação no programa “Millionaire Age Gap Love”, ele exige que a futura companheira meça 1,67 m, saiba dança de salão, jogue bridge e gamão e goste de palavras cruzadas. Slade quer que a mulher tenha porte de arma, carteira de habilitação e formação em Direito ou Contabilidade.
Além disso, exige resistência física, inteligência, boa sociabilidade e aptidão para administrar dois castelos, uma área de criação de galos-silvestres e toda a vida social do barão. Por fim, ele espera que a mulher tenha licença para pilotar helicóptero, mas que esse critério não seja excludente.
O aristocrata afirma que suas exigências são “práticas” e não discriminatórias, alegando que “grandes casas precisam de esposas para administrá-las”. Segundo ele, Jane Austen teria dito que “se você tem uma casa grande, precisa de uma esposa”.
Critérios de eliminação
Entre os critérios que eliminam automaticamente possíveis pretendentes estão:
- Mulheres do signo de Escorpião;
- Leitoras do jornal The Guardian;
- Mulheres de países que começam com a letra “I” ou que tenham a cor verde na bandeira, como Irlanda, Índia, Irã, Itália e Costa do Marfim;
- Mulheres que usem drogas, sejam alcoólatras ou tenham mais de 1,68 m;
- Mulheres “esquimós”, termo considerado pejorativo.
Slade também afirma preferir canadenses, americanas, alemãs e “europeias do Norte”, que ele descreve como “pessoas semelhantes”.
Obsessão por um herdeiro
Slade justifica parte da busca frenética por uma esposa significativamente mais jovem por motivos fiscais. Ele afirma que o imposto de herança britânico — que chega a 40% — só pode ser contornado caso seus bens sejam transferidos diretamente para sua esposa, e ela sobreviva pelo menos sete anos após sua morte.
“É a única maneira de transferir a herança isenta de impostos”, disse. Por isso, segundo ele, “quanto mais jovem, melhor”.
Apesar de oferecer salário e benefícios, o aristocrata já admitiu que enfrenta “dificuldades de fluxo de caixa” e disse preferir uma esposa com recursos próprios. “Algum capital e renda privados seriam bons, e uma riqueza substancial seria ainda melhor”, declarou.
A busca não é nova. Slade já publicou anúncios em jornais, criou perfis no Tinder e participou de programas de TV. Mesmo assim, não encontrou sua pretendente ideal.
O aristocrata já foi casado uma vez; o relacionamento terminou em 1991 — segundo ele, por causa de “17 gatos”. Em 2021, teve uma filha por fertilização in vitro com a poetisa americana Sahara Sunday Spain, mas cancelou dois casamentos com ela e hoje não mantém contato com a criança. A mulher classificou Slade como “absolutamente vergonhoso”.