O fenômeno natural que faz os rios “respirarem” bolhas de ar e surpreender quem observa de perto

Os rios, com seus fluxos contínuos através das paisagens naturais, desempenham funções essenciais no equilíbrio ecológico do planeta. Mais do que corpos d’água fluindo, eles mantêm processos dinâmicos que incluem a formação de bolhas de ar, fenômeno conhecido como a “respiração” dos rios, refletindo a interação entre fatores físicos e biológicos.

Fatores que favorecem a formação de bolhas nos rios

A geração de bolhas de ar nos rios ocorre devido à mistura entre a água e o ar, causada principalmente pela turbulência. Essa turbulência é mais intensa em locais onde a água passa rapidamente sobre pedras, desníveis ou corredeiras.

Há alguns elementos principais que tornam esse fenômeno mais frequente ou intenso em certos trechos dos rios:

• Fluxo de água rápido, promovendo maior turbulência
• Presença de obstáculos, como rochas e quedas d’água
• Temperatura da água, que influencia a solubilidade dos gases
• Matéria orgânica, que pode aumentar a liberação gasosa

A presença de bolhas pode indicar boa ou má qualidade da água

Bolhas em rios normalmente sugerem bom nível de oxigênio dissolvido, o que é benéfico à vida aquática. Porém, a formação anormal de bolhas também pode estar associada à poluição por detergentes ou outros resíduos, resultando em espuma visível.

A avaliação visual e química dessas bolhas pode ajudar a identificar se o ambiente está saudável ou sob impacto ambiental significativo, tornando-se um valioso indicador ecológico.

Como as bolhas atuam no equilíbrio do ecossistema aquático

Além de oxigenar a água, as bolhas auxiliam na decomposição da matéria orgânica, pois fornecem oxigênio para bactérias decompositoras. Isso promove a reciclagem de nutrientes no habitat aquático.

A distribuição eficiente do oxigênio graças às bolhas também permite que peixes e outros organismos sobrevivam em diferentes regiões do rio, favorecendo uma maior diversidade.

Esse vídeo do Companhia Águas de Joinville explica como preservar os rios:

Nem todos os rios permitem observar bolhas de forma visível

A observação das bolhas depende das características do rio, como a presença de correntes rápidas, desníveis e obstáculos. Rios de planícies, com fluxo lento e leito regular, tendem a apresentar menos bolhas visíveis.

Mesmo nesses rios menos turbulentos, a troca gasosa ocorre, porém de maneira mais discreta e menos perceptível, não deixando de ser importante para a qualidade da água.

De forma geral, a visualização e compreensão das bolhas nos rios revelam aspectos essenciais dos processos ecológicos dessas águas. Monitorar esse fenômeno contribui para o manejo e a preservação dos ambientes fluviais.