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O que acontece com o corpo quando você sente um déjà-vu
Essa sensação de familiaridade tem causas mais complexas do que parece
A sensação de déjà-vu é um fenômeno interessante que muitas pessoas experimentam ao longo da vida, mas que ainda intriga a ciência. O termo significa literalmente “já visto” em francês e descreve quando alguém sente que já vivenciou uma situação antes, mesmo que seja a primeira vez que acontece. A ciência investiga esse enigma para compreender o que realmente ocorre no cérebro durante essa experiência.
Déjà-vu está relacionado ao reconhecimento de padrões?
Estudos sugerem que tem relação com o reconhecimento de padrões familiares sem se lembrar precisamente da origem dessa familiaridade. O cérebro tenta processar informações novas com base em experiências anteriores, levando a essa sensação peculiar.
Apesar de ainda não ser totalmente compreendida, a ciência acredita que áreas cerebrais relacionadas à memória e percepção desempenham papel importante nesse fenômeno, o que motiva novas investigações no campo da neurociência.

O que acontece no cérebro durante o déjà-vu?
Durante a áreas como o hipocampo e o córtex temporal são ativadas. Esses locais estão ligados ao processamento de memória e reconhecimento, o que pode explicar a confusão entre experiências novas e memórias antigas.
Pesquisas indicam que pode haver uma breve falha de sincronização nessas regiões, fazendo com que uma experiência inédita seja percebida como familiar. A ativação do hipocampo é atualmente uma das pistas mais cruciais para entender esse fenômeno.
Déjà-vu é sinal de problema de saúde mental?
O déjà-vu isoladamente não indica qualquer problema grave de saúde mental e é considerado comum. Porém, episódios constantes ou intensos podem, em algumas situações, estar relacionados a distúrbios neurológicos.
Entre as possíveis condições, a epilepsia do lobo temporal pode apresentar como sintoma. Caso alguém experimente déjà-vus recorrentes ou acompanhados de outros sintomas, deve procurar um médico. Confira alguns sinais de alerta:
- Experiência de déjà-vu frequente, intensa ou acompanhada de outros sintomas neurológicos;
- Dificuldade de lembrar eventos recentes de forma consistente;
- Alteração súbita no estado de consciência durante o episódio;
- Histórico familiar de epilepsia ou doenças neurológicas.
Quais teorias atuais buscam explicar?
Existem diversas teorias para explicar a origem do fenômeno. Uma das mais aceitas aponta para lapsos temporais entre diferentes áreas cerebrais, gerando uma sensação súbita de familiaridade.
Também há hipóteses que envolvem a influência de memórias inconscientes e até mesmo erros de previsão do cérebro sobre o que vai acontecer a seguir, baseando-se em situações semelhantes vividas anteriormente.
Como os pesquisadores investigam atualmente?
Por ser um fenômeno espontâneo e imprevisível, estudar o déjà-vu é um grande desafio. Técnicas como a ressonância magnética funcional permitem observar o cérebro em tempo real durante situações experimentais.
Além disso, os cientistas coletam relatos de pessoas que passam por episódios de déjà-vu, analisando padrões e características comuns entre esses relatos para entender melhor esse intrigante fenômeno humano.