O que leva ao afastamento emocional mesmo quando há interesse no outro
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O que leva ao afastamento emocional mesmo quando há interesse no outro

Quando o medo de se machucar domina, até o amor assusta

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O que leva ao afastamento emocional mesmo quando há interesse no outro
O afastamento emocional costuma estar ligado a mecanismos de defesa formados ao longo da vida

O afastamento emocional pode ser uma experiência confusa e dolorosa em relacionamentos, geralmente acarretada por fatores psicológicos internos. Muitas vezes, esse distanciamento não indica falta de interesse, mas reflete medos emocionais profundos e padrões adquiridos ao longo da vida.

Como o medo da intimidade interfere nos relacionamentos?

O medo de intimidade é uma das principais razões para o afastamento emocional, fazendo com que a aproximação pareça uma ameaça em vez de algo positivo. Quando surge o medo, a pessoa pode interpretar a construção do vínculo como risco, desencadeando mecanismos protetivos.

Entre os sentimentos e reações mais frequentes, destacam-se:

  • Perda de controle
  • Medo de sofrer
  • Sensação de vulnerabilidade
  • Insegurança emocional
Traumas são um grande fator para esse tipo de comportamento – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Traumas afetivos podem influenciar o afastamento emocional?

Experiências traumáticas do passado têm impacto significativo no comportamento presente, sobretudo quando envolvem abandono, rejeição ou traição. Muitas vezes, essas situações levam a uma associação automática entre amor e sofrimento.

Por isso, novas possibilidades de conexão podem ativar um mecanismo de fuga, não por falta de interesse, mas pelo receio de reviver antigas feridas emocionais.

O estilo de apego realmente afeta os relacionamentos?

A teoria do apego explica que pessoas com padrão evitativo tendem a se afastar quando o relacionamento se torna mais profundo. Elas frequentemente valorizam a independência extrema, dificultando a demonstração afetiva ou a aproximação genuína.

Esse comportamento pode impedir a formação de vínculos significativos e manter as relações em níveis superficiais, comprometendo a satisfação emocional.

A psicanalista Mirelle Fernandes fala um pouco sobre essa condição em seu Tiktok:

@mirelledarcfernandes

O apego evitativo é um padrão de relacionamento caracterizado por um distanciamento emocional e uma dificuldade em estabelecer conexões íntimas e profundas. Ele se forma, geralmente, a partir de experiências afetivas na infância em que o cuidador foi emocionalmente distante, rejeitador ou incapaz de atender às necessidades emocionais da criança. Como resultado, a pessoa aprende a ser autossuficiente e a não depender do outro para apoio ou afeto. Pela perspectiva psicanalítica, o apego evitativo pode estar relacionado a mecanismos de defesa, como o recalcamento ou negação, usados para evitar a dor emocional ligada à rejeição ou à ausência de afeto vivida no passado. Na clínica, é comum trabalhar essas defesas, ajudando o paciente a reconhecer suas necessidades emocionais e a construir vínculos mais saudáveis e seguros.

♬ som original – Mirelle Fernandes Ce

É possível mudar padrões de afastamento emocional?

Mudar o ciclo de autossabotagem emocional exige autoconhecimento, enfrentamento dos próprios traumas e desenvolvimento da inteligência emocional. O apoio psicológico pode ser fundamental nesse processo, ajudando a reconstruir a ideia de vínculo saudável.

Para que um relacionamento prospere e traga realização, é essencial cultivar características como presença, clareza e segurança emocional, tornando a relação mais equilibrada para ambos.

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