O que significa, segundo a psicologia, gostar de assistir o mesmo filme várias vezes
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O que significa, segundo a psicologia, gostar de assistir o mesmo filme várias vezes

Conforto emocional em forma de filme

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O que significa, segundo a psicologia, gostar de assistir o mesmo filme várias vezes
Busca por conforto emocional ao revisitar histórias já conhecidas

Para algumas pessoas, rever o mesmo filme várias vezes é uma fonte genuína de prazer. Para outras, parece estranho, repetitivo ou até perda de tempo. Segundo a psicologia, porém, esse hábito está longe de ser aleatório. Gostar de assistir o mesmo filme repetidamente costuma estar ligado ao conforto da previsibilidade, à forma como o cérebro lida com emoções e à busca por regulação emocional.

O cérebro prefere o que já conhece

O cérebro humano é programado para economizar energia. Quando a história já é conhecida, ele não precisa lidar com surpresas, tensão narrativa ou decisões emocionais inesperadas.

Ao rever um filme, a mente entra em um modo de segurança emocional. A pessoa já sabe o que vai acontecer, como a história termina e quais emoções surgirão, o que reduz a carga cognitiva e aumenta a sensação de controle.

Repetir a mesma série ou programa de TV é algo comum entre as pessoas - Créditos: depositphotos.com / spectorx
Repetir a mesma série ou programa de TV é algo comum entre as pessoas – Créditos: depositphotos.com / spectorx

A previsibilidade funciona como conforto emocional?

Em períodos de estresse, ansiedade ou cansaço mental, a previsibilidade funciona quase como um abraço psicológico. Filmes já conhecidos oferecem um ambiente emocional estável, sem sustos ou incertezas.

Esse conforto costuma vir de elementos muito específicos, como:

  • Emoções familiares e já processadas.
  • Ritmo narrativo previsível.
  • Ausência de suspense intenso.
  • Final já aceito emocionalmente.

Reassistir filmes ajuda a regular emoções?

A psicologia entende esse comportamento como uma forma simples de autorregulação emocional. Ao escolher um filme já visto, a pessoa busca emoções que sabe que consegue suportar e elaborar.

Em vez de enfrentar o desconhecido, ela se ancora em algo que já foi emocionalmente digerido. Isso é comum em fases de sobrecarga, mudanças importantes ou instabilidade emocional.

Memória afetiva explica parte dessa preferência

Muitos filmes carregam memórias emocionais associadas a momentos específicos da vida, como uma fase tranquila, uma companhia marcante ou uma sensação de segurança.

Ao rever o filme, não é apenas a história que retorna. O cérebro revive o clima emocional daquele período, mesmo que a pessoa não perceba isso conscientemente.

O psicólogo Jonathan Orlandi explica, em seu canal do Tiktok, como esse comportamento pode estar ligado ao TDAH:

@psi.jonathanorlandi 🎧🍝📺 Por que a gente com TDAH faz sempre as mesmas coisas? Assistimos a mesma série mil vezes. Comemos o mesmo prato toda semana. Ouvimos a mesma música em loop eterno. E sabe por quê? Porque o cérebro TDAH se sente seguro no que já conhece. 🧠 A familiaridade traz conforto, previsibilidade e… dopamina. É como se fosse um atalho emocional pra um lugar onde tudo já dá certo. Sem surpresas, sem frustração, sem esforço mental extra. É repetitivo? É. Mas também é uma forma de sobrevivência emocional. Quando o mundo lá fora parece caótico, repetir é quase terapêutico. Se identificou? Comenta aqui a série ou música que você revive sempre! Tchau, gente. Distraídos venceremos. 🌪️ #tdah #tdahadulto #comportamento #terapia #psicologia #curiosidade #psicoterapia #neurociência #foco #distraidosvenceremos ♬ som original – Jonathan. O psicólogo sincero

O que esse hábito revela sobre a personalidade

Preferir rever filmes não indica tédio, apego excessivo ou dificuldade de mudar. Em geral, revela um estilo emocional mais sensível ao estresse e atento aos próprios limites.

Na maioria dos casos, esse comportamento está associado a características positivas, como:

  • Busca por segurança emocional.
  • Autoconhecimento sobre o que traz conforto.
  • Sensibilidade ao excesso de estímulos.
  • Capacidade de encontrar bem-estar em rotinas simples.
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