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Os streamings apostam em temporadas mais curtas por esse detalhe

As mudanças mais drásticas nas séries de TV que você precisa conhecer

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Stranger Things se despede como um marco da cultura pop
Stranger Things - Foto: divulgação/Netflix

No cenário atual do entretenimento, as séries de televisão têm experimentado uma transformação notável, com um formato cada vez mais conciso e dinâmico. Essa mudança reflete não apenas uma resposta a demandas do público, mas também uma adaptação às novas tendências de consumo de conteúdo audiovisual. Diversos fatores contribuem para que as séries estejam encurtando sua extensão de temporadas e episódios, incluindo a evolução tecnológica, o comportamento dos espectadores e a competição dentro da indústria.

Uma das principais razões para a diminuição da duração das séries diz respeito ao crescimento das plataformas de streaming, como Netflix, Amazon Prime e Disney+. Essas plataformas revolucionaram a forma como consumimos conteúdo, oferecendo séries completas de uma só vez. Esse modelo, conhecido como “binge-watching”, favorece temporadas mais curtas para permitir que o público assista a uma série inteira em menos tempo, mantendo o interesse e o engajamento. Assim, séries como “Stranger Things” e “The Crown” adaptaram suas estruturas para se alinhar a esse novo padrão de visualização.

O que influencia a duração das séries de televisão?

A forma como o conteúdo é consumido não é o único fator. Outro elemento que contribui para a redução da duração das séries são os altos custos de produção. Com o aumento da qualidade técnica e do valor agregado, criar séries longas se torna financeiramente mais desafiador. Produtores têm optado por temporadas mais curtas, mas com maior densidade de trama e qualidade narrativa. Este é o caso de séries como “Fleabag” e “Russian Doll“, que empregam enredos intensos e bem elaborados em poucos episódios.

Como a atenção do público molda a estrutura das séries?

A capacidade de atenção dos espectadores também exerce uma pressão considerável sobre os criadores de conteúdo. Na era digital, onde o conteúdo é abundante e amplamente acessível, prender a atenção por longos períodos pode ser mais difícil. Assim, séries mais curtas garantem que a narrativa seja direta, mantendo o público engajado sem diluir a tensão da trama. Projetos como “I May Destroy You” e “Unorthodox” são exemplos de narrativas concisas que conseguiram impactar o público em poucos episódios.

Os streamings apostam em temporadas mais curtas por esse detalhe
Black Mirror (Foto: Netflix)

Quais são as vantagens criativas de temporadas mais curtas?

As temporadas mais enxutas permitem também uma maior flexibilidade criativa. Roteiristas e diretores podem explorar temas complexos de maneira concisa e eficaz, sem a obrigação de preencher um número excessivo de episódios. Isso muitas vezes resulta em uma narrativa mais coerente e impactante, além de abrir espaço para uma variedade maior de gêneros e histórias. Séries antológicas, como “Black Mirror“, se beneficiam particularmente desse formato, oferecendo episódios independentes que investigam temas diversos e inovadores.

Portanto, a tendência de séries mais curtas é uma resposta estratégica e criativa às mudanças no meio audiovisual e ao comportamento do público. Enquanto plataformas de streaming e produções antológicas continuam a ganhar espaço, é provável que vejamos uma evolução contínua no formato das séries, sempre buscando atender às necessidades de um público cada vez mais diverso e exigente.