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Por que as letras K, W e Y demoraram para entrar no português?
A história curiosa das letras ‘estrangeiras’ do nosso alfabeto
No Brasil, uma importante mudança linguística aconteceu em 2009, redefinindo o uso oficial do alfabeto e incorporando novas letras que refletem a crescente influência de outros idiomas e avanços tecnológicos na língua portuguesa.
Por que o português não utilizava as letras K, W e Y originalmente
A ausência dessas letras no alfabeto português tem origem no latim clássico, base da língua portuguesa, que originalmente não fazia uso delas. Apenas com o tempo, devido ao contato com outras línguas, essas letras começaram a aparecer em contextos restritos, como palavras estrangeiras ou notações científicas.
Até o início do século XXI, as gramáticas do português aceitavam o uso de K, W e Y apenas em situações limitadas, evitando sua inserção em palavras de origem puramente portuguesa.
Como a inclusão de K, W e Y impactou a língua portuguesa
Com o Acordo Ortográfico de 1990 e sua implementação em 2009, as letras K, W e Y passaram a fazer parte oficialmente do alfabeto português. Essa mudança reforçou a presença dessas letras em diversos segmentos do cotidiano.
Os principais usos das letras K, W e Y, que se consolidaram após essa atualização oficial, incluem:
- Nomes próprios estrangeiros, como Katy, William e Yoko
- Símbolos de unidades de medida, como km, kg e W
- Siglas e marcas vinculadas à tecnologia, como Wi-Fi e WhatsApp
Quais curiosidades e impactos culturais acompanharam essa mudança
O alfabeto com 26 letras, oficialmente chamado de “Alfabeto da Língua Portuguesa com 26 letras”, exigiu adaptação no ensino e nos materiais escolares. Educadores tiveram de incorporar as novas letras ao dia a dia das salas de aula e conteúdos digitais.
Termos tecnológicos, como “web” e “Wi-Fi”, exemplificam como essas letras passaram a ser naturais no vocabulário moderno, mostrando a influência cultural e tecnológica sobre a língua portuguesa.

O que podemos concluir sobre a atualização do alfabeto
Atualmente, o uso frequente das letras K, W e Y, principalmente em ambientes digitais e tecnológicos, demonstra a flexibilidade da língua portuguesa diante das mudanças culturais. A adaptação do alfabeto reflete o contínuo processo de evolução e integração de novas realidades à linguagem cotidiana.
O reconhecimento oficial dessas letras revela um momento de abertura e adaptação da língua portuguesa, celebrando sua capacidade de acompanhar os tempos e as tendências globais.