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Por que sentimos muito mais calor quando o tempo está úmido e o ar parece pesar sobre a pele
A umidade impede a evaporação do suor e aumenta a sensação de calor no corpo
Em muitos dias de verão, a sensação de abafamento chama mais atenção do que os números do termômetro. Mesmo com a temperatura moderada, o desconforto aumenta quando o ar está carregado de umidade, pois o organismo passa a ter mais dificuldade para trocar calor com o ambiente e manter a temperatura interna estável.
O que é umidade do ar e como ela influencia a sensação de calor
A umidade do ar representa a quantidade de vapor de água presente na atmosfera em relação ao máximo que o ar poderia conter naquela temperatura. Quando a umidade relativa é alta, o ar já está próximo do seu limite de saturação e há menos espaço para receber mais vapor de água.
Nessas condições, a evaporação do suor produzido pela pele fica prejudicada, o que reduz a eficiência da troca de calor entre corpo e ambiente. Assim, a sensação de calor aumenta, mesmo que a temperatura registrada pareça semelhante à de dias mais secos, elevando o chamado “índice de calor” em boletins meteorológicos.

Por que sentimos mais calor quando o tempo está úmido
A palavra-chave para entender o aumento da sensação térmica em clima úmido é a sudorese. O corpo libera suor para dissipar calor, e esse processo depende da evaporação: quando o suor evapora da superfície da pele, retira energia em forma de calor, ajudando a baixar a temperatura corporal.
Em dias abafados, o ar saturado dificulta essa evaporação, fazendo o suor escorrer ou se acumular na pele. O organismo interpreta a dificuldade em perder calor como necessidade de produzir mais suor e aumentar o fluxo sanguíneo para a pele, gerando a sensação de “calor pegajoso” e sobrecarregando o mecanismo natural de resfriamento.
Quais fatores podem piorar a sensação de calor em clima úmido
Além da umidade elevada, outros elementos potencializam o desconforto térmico, pois interferem diretamente na capacidade do corpo de dissipar calor. A combinação desses fatores explica por que algumas cidades costeiras parecem mais quentes que regiões interiores mais secas.
- Temperatura elevada: quanto maior a temperatura do ar, mais limites o corpo encontra para perder calor, sobretudo se a umidade estiver alta.
- Ausência de vento: o vento remove a camada de ar úmido próxima à pele; sem ventilação, aumenta a sensação de abafamento.
- Roupas inadequadas: tecidos sintéticos dificultam a respiração da pele e prendem o suor, reduzindo a evaporação.
- Ambientes fechados: locais com pouca circulação de ar concentram calor e umidade, intensificando o mormaço.
- Atividade física intensa: o esforço aumenta a produção de calor interno e de suor, tornando o desconforto mais perceptível.
Esse vídeo de Climatempo mostra por que o calor fica sufocante quando o ar não consegue evaporar o suor:
Como a ciência explica a relação entre umidade e sensação térmica
Do ponto de vista físico, a sensação de calor em clima úmido está ligada ao equilíbrio entre produção e perda de calor. O corpo humano produz calor continuamente e utiliza principalmente condução, convecção e evaporação para trocá-lo com o ambiente, sendo a evaporação do suor o mecanismo dominante em dias quentes.
Quando a umidade é alta, a taxa de evaporação diminui e compromete esse resfriamento, o que leva meteorologistas a utilizarem índices como o índice de calor. Em 2025, esses cálculos continuam essenciais para estimar sensação térmica, orientar a população durante ondas de calor e ajudar no planejamento de atividades em períodos de forte mormaço.
Quais cuidados ajudam a lidar melhor com o calor em dias úmidos
Diante da dificuldade do corpo em se resfriar em ambientes úmidos, alguns hábitos simples reduzem o desconforto e diminuem riscos à saúde. Essas medidas são especialmente importantes em situações de exposição prolongada ao abafamento ou durante eventos extremos de calor.
- Priorizar roupas leves, de algodão ou tecidos respiráveis, que facilitem a ventilação e a evaporação do suor.
- Manter hidratação adequada ao longo do dia, pois o organismo perde líquidos de forma mais intensa em condições úmidas.
- Buscar ambientes ventilados ou com circulação de ar, como locais com ventilador ou ar-condicionado ajustado de maneira moderada.
- Reduzir atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes, especialmente em dias com previsão de alta umidade.
- Dar atenção especial a crianças, idosos e pessoas com problemas cardiovasculares, que apresentam maior sensibilidade ao calor úmido.