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Projeto musical reúne nomes da cena eletrônica do Rio e Niterói em álbum de homenagem a Heitor Villa-Lobos

Celebrações do centenário da Semana de Arte Moderna e do bicentenário da Independência inspiraram a iniciativa

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Yago Palma – Ypsilo Films
Projeto musical reúne nomes da cena eletrônica do Rio e Niterói em álbum de homenagem a Heitor Villa-Lobos

O centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência, celebrados em 2022, foram o ponto de partida que uniu grandes nomes da cena eletrônica de Niterói e do Rio de Janeiro em projeto que reverencia a obra de Heitor Villa-Lobos. O quinto álbum Baphyanas Brasileyras, que encerra a coletânea de sucesso do selo Baphyphyna, explora diferentes fronteiras sonoras da música eletrônica como catalisador de reflexões sobre a história e identidade brasileira, com lançamento no dia 15 de dezembro em todas as plataformas digitais e pelo Bandcamp do selo.

Com a curadoria de Érica Alves, uma das mais renomadas produtoras musicais, 10 artistas da cena eletrônica como Glau Tavares, Pek0 e a própria Érica – com destaque para sua faixa “Mulheres Guaranis” – apresentam linguagens estéticas contemporâneas em um trabalho de construção coletiva.

O projeto prevê ainda uma mixtape, que será partilhada no Mixcloud, além da realização de uma oficina gratuita de ‘Imaginação Criativa’, com inscrições abertas ao público no dia 12 de janeiro, e que terá como proposta fomentar a iniciativa, conectando produtores e músicos em início de carreira.

“Assim como Heitor Villa-Lobos se propôs a fazer uma música modernista Brasileira, hoje me pergunto, 100 anos depois, o que ele consideraria a música moderna brasileira? Acredito que a música eletrônica e a música experimental sejam isso e quero documentar e lançar para quem tiver interesse em usufruir desse panorama musical”, explica Érica Alves.

O DJ de destaque da cena carioca Glau Tavares revela que foi uma experiência inédita para ele: “Participar do projeto foi um grande presente, tanto na parte de criação com outros artistas como também na própria composição, que teve como disparador um quadro e eu nunca havia começado uma track a partir de uma referência de imagem. No caso da minha track, eu construi ela pensando em tocar e acho que combina com as pistas. A coletânea inteira ficou bastante diversa e muito rica em sonoridades e propostas, tem varias tracks que eu vejo tocando nas pistas e pretendo incorporar no meu set”.

Outro profissional de destaque da cena, o DJ Capetini, também pretende levar o trabalho para as pistas: “Pra mim, o álbum tem uma proposta que cabe dentro e fora das pistas, com muita possibilidade de se explorar uma proposta mais experimental e fora das ‘regras normativas’ de produção musical”, afirma.

Todo o desenvolvimento do Projeto nasceu da imagem para o som: a música como resultado de um caminho audiovisual a partir de pinturas histórias do período da Independência do Brasil, como “Independência ou Morte”, de Pedro Américo e “A Coroação de Dom Pedro I”. Esse processo será dividido com o público através de mini-documentário no YouTube e podcast sobre as relações sinestésicas de suas faixas com as obras de referência.

O álbum produzido no TOMBA Records, um dos estúdios mais importantes de Niterói, fortalece a cena musical eletrônica do Estado, gera novas parcerias e intercâmbio de público entre os artistas.

O Projeto tem patrocínio do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.

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