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Quando o clima muda, o ar parece sumir da casa e não é impressão sua

Certos períodos revelam mudanças discretas que alteram a sensação do ar

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Quando o clima muda, o ar parece sumir da casa e não é impressão sua
A queda da umidade do ar é mais comum em períodos de estiagem prolongada

Em vários períodos do ano, muitas regiões do Brasil registram queda na umidade relativa do ar, o que faz o clima parecer mais seco. Esse fenômeno ganha destaque em épocas de estiagem prolongada, como no inverno do Centro-Oeste e Sudeste, mas também pode ocorrer em outros momentos, dependendo das condições atmosféricas e de fatores naturais e humanos que alteram a circulação e a disponibilidade de vapor d’água.

Por que o ar fica mais seco em determinadas épocas do ano

O principal motivo para o ar mais seco em certos períodos é a combinação entre redução das chuvas e presença de massas de ar estável, que dificultam a formação de nuvens. Em muitas áreas do país, há uma estação chuvosa bem marcada e outra mais seca; durante a estiagem, o solo perde umidade, rios baixam e a vegetação libera menos vapor d’água.

A atuação de sistemas de alta pressão também contribui, pois empurram o ar para baixo, aquecendo-o e deixando-o mais seco. Esse tipo de sistema é comum no inverno e em ondas de calor, inibindo a formação de nuvens e favorecendo dias com céu limpo, grande amplitude térmica e baixa umidade relativa do ar.

Quando o clima muda, o ar parece sumir da casa e não é impressão sua
O ar fica mais seco em certos períodos do ano – Créditos: depositphotos.com / paulshuang

Como a umidade do ar afeta o clima e o dia a dia

A umidade do ar é a quantidade de vapor d’água presente na atmosfera e influencia diretamente o conforto térmico e a saúde respiratória. Em níveis moderados, entre cerca de 40% e 60%, a sensação tende a ser mais estável, mas, quando cai abaixo de 30%, órgãos oficiais emitem alertas devido ao maior risco de irritações e desconfortos.

Em períodos de clima seco, algumas mudanças de hábito tornam-se mais frequentes para reduzir impactos sobre o organismo e a rotina. Entre as práticas mais comuns e recomendadas por profissionais de saúde estão:

  • maior consumo de água ao longo do dia;
  • uso de umidificadores ou bacias com água em ambientes internos;
  • preferência por atividades físicas em horários mais amenos;
  • atenção especial a idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias.

Quais fatores urbanos deixam o ar ainda mais seco nas cidades

Nas áreas urbanas, a urbanização acelerada substitui áreas verdes por asfalto, concreto e construções, diminuindo a evapotranspiração das plantas. Menos árvores significam menor liberação de vapor d’água para a atmosfera local, enquanto superfícies escuras e pavimentadas absorvem mais calor e intensificam as ilhas de calor urbano.

Queimadas, incêndios em vegetação e uso de fontes de energia poluentes também contribuem para o ressecamento do ar e piora da qualidade atmosférica. Embora o fogo produza algum vapor, ele destrói a vegetação que ajudaria a manter a umidade ao longo do tempo, reforçando a sensação de ar pesado, empoeirado e com baixa umidade relativa.

Quem gosta de curiosidades sobre clima vai curtir esse vídeo do Thermomatic explicando o ar seco em certas épocas do ano:

Quais são as curiosidades da natureza sobre o ar seco

O comportamento da natureza diante do ar seco traz curiosidades em diversos biomas brasileiros. Em regiões de cerrado, várias espécies de plantas são adaptadas à falta de chuva, armazenando água em raízes profundas ou caules grossos e, em alguns casos, perdendo folhas para reduzir a perda de água para a atmosfera.

Animais também ajustam hábitos, buscando abrigo nos horários mais quentes e secos e concentrando atividade no início da manhã e ao anoitecer. Em áreas rurais, o solo ressecado e a ausência de chuvas favorecem a formação de poeira fina levantada pelo vento, evidenciando como o ar seco faz parte de ciclos naturais, ainda que traga desafios para o cotidiano humano.

Como lidar melhor com os períodos de ar seco

Algumas medidas simples ajudam a enfrentar fases de baixa umidade de forma mais organizada e segura. Profissionais de saúde e meteorologia orientam que a população adote cuidados diários para proteger o corpo, preservar o conforto térmico e reduzir agravamentos de problemas respiratórios.

  1. Hidratação constante: ingerir água regularmente ao longo do dia, não apenas quando há sensação de sede.
  2. Cuidado com ambientes fechados: abrir janelas em horários adequados e usar umidificadores, toalhas úmidas ou recipientes com água.
  3. Proteção das vias respiratórias: evitar exposição prolongada a poeira e fumaça, e manter a limpeza de filtros de ar-condicionado.
  4. Atenção em exercícios físicos: optar por horários mais frescos e reduzir a intensidade quando o índice de umidade estiver muito baixo.
  5. Valorização de áreas verdes: preservar jardins, praças e árvores, que contribuem para a melhoria microclimática e para o aumento da umidade local.
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