Entretenimento
Robert Pattinson é clonado em “Mickey 17”! Entenda o novo filme
Em “Mickey 17”, Bong Joon-ho mistura ficção científica e crítica social em uma história sobre clonagem, identidade e a essência do que é ser humano.
Bong Joon-ho retorna ao cinema com “Mickey 17”, uma ficção científica que questiona os limites da existência humana. Inspirado no romance “Mickey7”, de Edward Ashton, o filme mergulha em temas como identidade, clonagem e exploração em um planeta gelado e inóspito. Conhecido por críticas sociais afiadas, o diretor sul-coreano constrói mais uma narrativa provocadora, digna de debate.
No centro da trama está Mickey Barnes, um “expendable”, ser humano enviado a missões perigosas porque pode ser substituído por uma nova cópia após cada morte. Assim, o conceito de vida ganha novos contornos, forçando o público a refletir sobre ética, consciência e a própria noção de humanidade.
Quais dilemas éticos “Mickey 17” propõe?
O longa se passa em Niflheim, planeta de condições extremas, onde a sobrevivência humana exige sacrifícios contínuos. Neste cenário, Mickey é clonado sempre que morre, sem que seu valor individual seja considerado. A obra, então, expõe uma sociedade futurista que transforma pessoas em ferramentas descartáveis.
Além disso, o filme levanta questões sobre consciência e identidade. Se cada Mickey carrega memórias até certo ponto, quem é o verdadeiro? O original? O mais recente? Ou todos são igualmente válidos? Essas perguntas ampliam a discussão sobre o que nos torna humanos — e até onde a tecnologia pode interferir nesse processo.
Quem está no elenco de “Mickey 17”?
- Robert Pattinson: interpreta Mickey Barnes e traz à tona o conflito interno de um personagem que se vê substituído repetidamente, mas insiste em afirmar sua individualidade.
- Naomi Ackie: atua com firmeza e emoção, adicionando camadas dramáticas à narrativa.
- Mark Ruffalo: contribui com a intensidade de sempre, ampliando o peso das decisões que movem a trama.
- Steven Yeun: também participa do elenco e reforça a diversidade de vozes e perspectivas da história.

Quais temas aproximam “Mickey 17” de outras obras do diretor?
Bong Joon-ho segue explorando a desigualdade, a alienação e os limites da empatia humana. Assim como em “Expresso do Amanhã”, onde uma sociedade vive oprimida dentro de um trem em movimento, “Mickey 17” reflete sobre sistemas autoritários que sacrificam indivíduos pelo bem coletivo.
Desta vez, no entanto, a substituição de vidas humanas por cópias questiona a própria continuidade da identidade. A frieza com que a morte é tratada revela uma crítica contundente ao modo como o progresso pode desumanizar. A ficção científica, nesse caso, serve como espelho para distorções sociais já presentes em nosso mundo.
Por que assistir a “Mickey 17”?
- Narrativa instigante: mistura de ficção científica com questões filosóficas
- Reflexão sobre o futuro: ética, clonagem e a valorização da vida humana
- Direção consagrada: Bong Joon-ho reforça seu estilo provocador e envolvente
- Atuações marcantes: elenco entrega performances que ampliam o impacto da trama
- Impacto visual: ambientação de Niflheim impressiona e reforça o clima opressor