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Spotify e a batalha pelo streaming na Austrália, que está em baixa

As quotas, estatísticas e o futuro da música digital no país oceânico

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Spotify e a batalha pelo streaming na Austrália, que está em baixa

O site Moneyhits trouxe à tona um debate que está movimentando o mercado musical australiano: artistas locais afirmam que sua presença nos streams está em queda, enquanto o Spotify insiste que tudo vai bem.

Em resposta às campanhas como Ausify Your Algo, que pedem maior visibilidade para músicos nacionais, a plataforma apresentou números otimistas. Segundo pesquisa com mais de 4.000 ouvintes, 81% dizem ser fácil encontrar artistas locais no Spotify; entre jovens da geração Z e millennials, esse índice sobe para 83% e 84% respectivamente. Além disso, 61% dos entrevistados afirmaram estar satisfeitos com a quantidade de música australiana disponível.

Do ponto de vista financeiro, a disputa é estratégica. Caso o governo imponha quotas obrigatórias de música nacional em playlists e recomendações, o impacto pode ser significativo. Algoritmos são desenhados para maximizar engajamento e tempo de uso, e qualquer intervenção regulatória pode alterar métricas de consumo, afetando diretamente receitas de publicidade e assinaturas.

O humor da situação está em imaginar algoritmos “ensinados” a preferir música local, como uma dieta cultural: menos fast food internacional, mais pratos típicos da casa. Para os artistas, seria uma vitória; para o Spotify, um desafio de engenharia e branding.

Vale lembrar que o governo australiano já aplicou medidas semelhantes em outros setores, como o audiovisual, exigindo investimentos em conteúdo local. Isso acendeu o alerta vermelho na indústria musical: se aconteceu com vídeos, por que não com o streaming de música?

Isso mostra que o tema interessa não apenas a fãs, mas também a analistas financeiros e investidores atentos às mudanças regulatórias.

Em resumo, o embate entre artistas e Spotify é mais do que cultural: é um teste sobre até onde governos podem intervir sem comprometer a lógica de negócios das plataformas digitais. No fim, a questão central permanece: quem controla o algoritmo, controla o mercado.

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