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Sua compra mensal parece prática, mas pode estar sabotando seu orçamento

Quem compra só uma vez por mês no mercado desperdiça

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Sua compra mensal parece prática, mas pode estar sabotando seu orçamento
Olhar aquele tanto de coisa gostosa nas prateleiras é tentador - Créditos: depositphotos.com / minervastock

Quando o assunto é economizar no supermercado, muita gente da classe média se faz a mesma pergunta: afinal, é melhor fazer compra mensal ou semanal? A escolha parece só uma questão de hábito, mas esconde impactos grandes no bolso, no tempo e até na forma como a família se alimenta ao longo do mês.

Compra mensal ou semanal pesa mais no bolso da classe média?

A palavra-chave aqui é classe média, especialmente quem ganha entre 5 e 25 mil reais por mês. Nessa faixa de renda, os gastos com alimentação costumam ser os grandes vilões do orçamento, seja comprando no mercado, pedindo delivery ou comendo fora.

Analisando dados reais de consumo, em média, quem faz compra mensal gasta cerca de 30% a mais com alimentação do que quem se organiza com compras semanais. Em períodos de inflação alta, o hábito de ir mais vezes ao mercado ajuda a acompanhar melhor os preços e a pensar duas vezes antes de colocar algo no carrinho.

Sua compra mensal parece prática, mas pode estar sabotando seu orçamento
A inflação e mudanças climáticas afetam o preço de muitos produtos que costumamos comprar – Créditos: depositphotos.com / gyn9037

Compra mensal ainda vale a pena mesmo com desconto no atacado?

Muita gente ainda associa a compra mensal ao famoso “ir no atacadão” para aproveitar preços mais baixos. Hoje, porém, a diferença costuma girar em torno de 5% em relação a supermercados de bairro, bem longe daqueles 20% de antigamente.

Com a popularização dos atacarejos, a tabela de preços se ajustou e o “desconto do atacado” deixou de ser tão decisivo. Quando se coloca na balança o desgaste, o tempo gasto, o deslocamento e o comportamento de consumo, a compra mensal nem sempre é a opção mais econômica.

Como a compra mensal aumenta desperdício e impulsos de consumo

Quando alguém enche o carrinho para o mês inteiro, o controle de desperdício costuma despencar. Produtos frescos, como folhas, frutas sensíveis e legumes, não duram 30 dias, o que leva à perda de alimentos ou à troca por itens mais processados e de longa validade.

Além disso, a compra mensal estimula o “já que estou aqui, vou levar”, aumentando impulsos de consumo e exageros no início do mês. Para organizar melhor esse cenário e reduzir desperdícios, alguns hábitos simples podem ajudar bastante no dia a dia:

  • Planejar refeições da semana antes de ir ao mercado;
  • Evitar comprar grandes quantidades de perecíveis de uma só vez;
  • Usar o congelador de forma estratégica, mas sem exageros;
  • Acompanhar o que realmente é usado e o que sempre acaba vencendo;
  • Rever periodicamente a lista de “essenciais” do mês.

Por que a compra semanal é mais racional e econômica

Na compra semanal, a pessoa tende a levar exatamente o que precisa para os próximos dias, com mais clareza do que está faltando em casa. Isso reduz o desperdício e favorece uma alimentação equilibrada, com inclusão frequente de verduras, frutas e laticínios frescos.

Ir ao mercado em intervalos menores cria contato constante com os preços, melhora a noção de custo e distribui o orçamento em parcelas menores. Com isso, muitas pessoas conseguem evitar gastos com delivery, pois sempre têm em casa o básico para preparar refeições simples.

No YouTube, no canal Investidor Sardinha | Raul Sena, é apresentado o vídeo “Classe Média Deve Fazer Compra Mensal ou Semanal no Mercado?”, com uma abordagem informativa e reflexiva, discutindo estratégias de compras e organização financeira para o orçamento doméstico.

Qual é o meio-termo inteligente entre compra mensal e semanal

Uma alternativa prática é combinar o melhor dos dois mundos: fazer uma compra mensal estratégica só para itens não perecíveis e mais pesados, e deixar as compras semanais para alimentos frescos. Assim, produtos de limpeza, papel higiênico, grãos, enlatados, arroz e feijão formam uma base garantida em casa.

Outra opção é adotar uma “reposição inteligente” quinzenal para itens de uso variável, como bebidas alcoólicas, snacks, produtos de higiene pessoal específicos e pequenos mimos. Ao prever esses desejos no planejamento e somar quanto se gasta com mercado e comida fora, fica mais fácil ajustar o hábito de compra de forma consciente.

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