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Teatro das Artes recebe a peça ‘A Vela’, em curta temporada na Gávea, Zona Sul do Rio

Trama conta a história de um pai que expulsa o filho de casa por não aceitar a sua orientação sexual

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Teatro das Artes recebe a peça 'A Vela', em curta temporada na Gávea
Teatro das Artes recebe a peça 'A Vela', em curta temporada na Gávea (Foto: Priscila Prade/ Divulgação)
Teatro das Artes recebe a peça 'A Vela', em curta temporada na Gávea

Teatro das Artes recebe a peça ‘A Vela’, em curta temporada na Gávea (Foto: Priscila Prade/ Divulgação)

O Teatro das Artes promove a partir desta sexta-feira (1º), a peça “A Vela”. A trama conta a história de um pai que expulsa o filho de casa por não aceitar a sua orientação sexual. Vinte anos depois eles se reencontram o filho agora é uma drag queen, e eles têm o tempo de uma vela se consumir para acertar as diferenças.

O pai, professor aposentado, reencontra o filho, uma drag queen, anos depois de romperem relação por não aceitar a orientação sexual do filho e sua escolha pela arte drag. Eles buscam uma reconciliação no espetáculo A Vela, escrito por Raphael Gama.

Com direção de Elias Andreato, a montagem traz os atores Herson Capri e Leandro Luna, interpretando pai e filho, respectivamente.

“É uma história contada com delicadeza para que o espectador possa se identificar com os personagens. O nosso objetivo é mergulhar numa relação verdadeiramente teatral e humana. O teatro sempre será a arena necessária para debater todas as formas de preconceitos”, fala o diretor Elias Andreato.

Para Leandro Luna, o espetáculo aborda as relações humanas e as feridas familiares que todos temos e nos identificamos. “É muito importante, principalmente nos dias de hoje, estarmos em constante discussão sobre as diferenças e estimularmos a tolerância e o respeito ao próximo. Vivemos tempos muito polarizados, onde o conceito de moral e conservadorismo tem alimentado a sociedade com discursos odiosos, segregacionistas, em vez de criar o diálogo respeitoso e democrático. Precisamos, através da Arte, propor o discurso de temáticas que incentivem o respeito entre os indivíduos, principalmente, a partir do ponto de vista da educação familiar.”

Já Herson Capri ressalta a atualidade do tema. “A peça discute preconceito, acolhimento e a relação familiar de uma forma inteligente e sensível. Os preconceitos estão por aí, à nossa volta, o tempo todo. Convivemos, de uma forma ou outra, com pessoas conservadoras e até negacionistas. Acho que a arte tem o dever de abordar os temas que tocam e afligem a sociedade. Acolher as diferenças é um deles. E negá-las, também é preciso ser discutido.”

Para a construção do texto, o autor Raphael Gama recorreu da percepção que teve ao constatar a dificuldade em dialogar com sua avó, uma mulher tradicional, com resistência em entender as mudanças que aconteciam na sociedade; e o quanto a incompreensão familiar afetava as escolhas de vida das drag queens em geral. “Eu convivo com diversos artistas queers de São Paulo. Conheço pessoas que foram expulsas de casa e o fato dessa comunidade seguir sendo tão negligenciada e odiada, mesmo em meio à tanta informação, me fez querer falar do assunto no ambiente familiar e sobre a importância do diálogo como ferramenta de cura”, explica.

O Teatro da Gávea fica na Rua Marquês de São Vicente, nº 52, Gávea, Zona Sul do Rio.

Classificação etária: 12 anos.

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