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Tia Maria do Jongo morre aos 98 anos

Baluarte foi a principal responsável por manter a prática do Jongo viva, no Morro da Serrinha

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(Foto: Reprodução)

Na manhã deste sábado, morreu no Rio de Janeiro, aos 98 anos, Tia Maria do Jongo, referência dentro do tradicional Jongo da Serrinha. Ela era considerada uma das maiores personalidades e símbolos culturais da resistência negra carioca. Ainda na manhã de hoje, Maria foi à Casa do Jongo, assistir uma aula de jongo para adultos. Lá, passou mal, desmaiou e foi levada a um posto de saúde em Irajá, Zona Norte carioca, onde não resistiu. As causas da morte não foram divulgadas ainda.

Maria de Lourdes Mendes, a Tia Maria, nasceu em 1920. Filha e neto de escravos, desde de 2015, era responsável por comandar a Casa do Jongo, no Morro da Serrinha, na Zona Norte do Rio.

“A minha mãe já veio para o Rio dançando jongo, cantando jongo. Eu digo que já nasci jongueira”, dizia Tia Maria.

Nesta semana, ela recebeu o Prêmio Sim à Igualdade Racial, na categoria Arte em Movimento. Ao receber o título, a matriarca agradeceu em nome da Casa, e convidou todos a conhecer o local e a cultura.

“O jongo da Serrinha agradece e terá um grande prazer, se vocês um dia puderem passar uma tarde com a gente lá. O jongo é bom. Vocês vão gostar”, disse Tia Maria.

Maria era a última fundadora do Império Serrano ainda viva, a escola, inclusive, foi fundada no quinta da casa dela, em Madureira. Ela deixa o filho Ivo, 2 netos e 4 bisnetos.

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