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Você conhece o coletivo da palavra ‘camelo’?
Poucos sabem o verdadeiro coletivo de 'camelo'.
No vasto universo da língua portuguesa, palavras como “cáfila” guardam histórias e significados marcantes. Embora “caravana” seja muitas vezes utilizada para indicar coletivos de camelos, o termo “cáfila” se destaca por sua precisão e por trazer relevante herança histórica e cultural.
Qual é a diferença entre “cáfila” e “caravana”
Embora muitos utilizem “caravana” para grupos de camelos, “cáfila” designa de maneira mais específica o coletivo desses animais, principalmente em travessias de desertos. Enquanto isso, “caravana” é um termo mais abrangente, aplicando-se a qualquer grupo de viajantes, seja de pessoas, veículos ou artistas, independentemente dos integrantes.
A origem das duas palavras vem do árabe, mas o uso popular frequentemente gera confusão, tornando importante destacar a precisão e exclusividade do termo “cáfila” para camelos.
Por que a palavra “cáfila” se mantém relevante na atualidade
Preservar o termo “cáfila” significa manter vivo um elo importante com a história luso-árabe. O vocabulário português incorpora muitas palavras de origem árabe, e “cáfila” é um exemplo desse legado.
Confira outros exemplos de palavras de origem árabe que enriquecem a língua portuguesa:
- Almofada
- Alfândega
- Azeite
- Álgebra
Como “cáfila” aparece na literatura e cultura lusófona
Na literatura, autores como José de Alencar, Euclides da Cunha e Eça de Queirós recorrem ao termo “cáfila” ao descrever expedições por desertos. Dessa forma, a palavra carrega tanto um significado físico, relacionado à viagem, como simbólico, representando desafios e travessias emocionais.
Em passagens marcantes, “cáfila de camelos” não só remete às jornadas em cenários áridos, mas também evoca a herança e a riqueza das referências culturais presentes nas obras clássicas.

O que a palavra “cáfila” revela sobre a influência árabe na língua portuguesa
“Cáfila” é um precioso testemunho da influência árabe sobre o português, lembrando antigas rotas comerciais e costumes transmitidos ao longo dos séculos. A presença desse termo preserva a memória das interações culturais que moldaram a língua e a identidade do povo lusófono.
Utilizar “cáfila” não apenas traz precisão ao vocabulário, mas também mantém viva a história, tornando a comunicação diária mais rica em significado e simbolismo.