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Árbitra brasileira ganha destaque ao ser escalada para duelo decisivo do torneio europeu
A presença do trio formado por Edina, Neuza e Fabrini chama atenção não apenas pelo talento individual, mas também pelo fato de serem as únicas representantes de um continente fora da Europa atuando nesta fase adiantada da Eurocopa Feminina
Edina Alves, com seus 45 anos de trajetória na arbitragem, foi designada para comandar a semifinal da Eurocopa Feminina de 2025 entre Alemanha e Espanha, marcada para a próxima quarta-feira em Zurique. Ao lado dela estarão as assistentes Neuza Back e Fabrini Bevilaqua, formando um trio de arbitragem brasileiro que tem se destacado em grandes competições do futebol feminino mundial. Essa escolha reforça o reconhecimento da qualidade da arbitragem brasileira, especialmente em eventos internacionais de grande porte.
A presença do trio formado por Edina, Neuza e Fabrini chama atenção não apenas pelo talento individual, mas também pelo fato de serem as únicas representantes de um continente fora da Europa atuando nesta fase adiantada da Eurocopa Feminina. Integrantes do quadro da Conmebol, elas participam de um projeto de intercâmbio promovido entre a própria confederação sul-americana e a Uefa, permitindo uma troca de experiências e técnicas valiosas para ambas as organizações.

Qual é a importância da arbitragem feminina na Eurocopa 2025?
A arbitragem ocupada por mulheres têm ganhado espaço gradual nos principais certames internacionais, refletindo avanços em termos de igualdade de gênero dentro das quatro linhas. O destaque do trio brasileiro na Eurocopa Feminina de 2025 simboliza a valorização do profissionalismo e da competência, além de ampliar referências para futuras gerações de árbitras. Edina Alves, por exemplo, já possui experiências anteriores em momentos decisivos, tendo apitado semifinais de Copa do Mundo em 2019 e 2023, sempre acompanhada por Neuza Back em momentos marcantes.
Esse cenário mostra que a atuação das árbitras brasileiras vai além dos campeonatos nacionais. A oportunidade nas partidas decisivas da Euro 2025 evidencia um padrão elevado de preparação técnica e física, além do domínio das regras do jogo. Tais características colaboram para uma atuação segura e confiável nas partidas de maior pressão, diante de seleções que disputam cada lance com intensidade e foco no título europeu.
Participações anteriores do trio Edina, Neuza e Fabrini em competições internacionais
A trajetória das brasileiras no cenário internacional não começou nesta Eurocopa. Nos últimos anos, Edina Alves e suas colegas integraram equipes de arbitragem que marcaram presença em decisões de campeonatos globais, como a Copa do Mundo Feminina. Entre seus feitos mais recentes, destaca-se a atuação na semifinal entre Estados Unidos e Inglaterra em 2019, em Lyon, quando Tatiane Sacilotti completava o trio brasileiro naquela ocasião. Já em 2023, atuaram na semifinal entre Espanha e Suécia, durante o Mundial realizado na Nova Zelândia, com Leila Cruz como assistente adicional.
Esse histórico consolida o grupo brasileiro como uma referência internacional em arbitragem feminina. Além das semifinais mundiais, o trio esteve presente em duelos importantes na fase classificatória da Eurocopa deste ano, apitando partidas como Dinamarca x Suécia e Inglaterra x Holanda. A experiência acumulada em diferentes contextos agrega segurança ao jogo e confiança às entidades organizadoras, atletas e torcedores.
Como funciona o intercâmbio de arbitragem entre Conmebol e Uefa?
A parceria estabelecida entre Conmebol e Uefa busca desenvolver e aprimorar a arbitragem por meio do intercâmbio de profissionais em grandes competições. Ao selecionar árbitros de continentes distintos, as confederações compartilham boas práticas, metodologias de preparação e abordagens no controle das partidas. O trio liderado por Edina Alves representa essa colaboração internacional durante a Eurocopa Feminina 2025.
- Intercâmbio Técnico: Participação em treinamentos e oficinas para nivelar critérios e atualizações recentes das regras do futebol.
- Experiência Internacional: Possibilidade de atuar em jogos de alto nível competitivo, aprimorando competências diante de diferentes escolas de futebol.
- Promoção da Igualdade: Iniciativas voltadas à promoção das mulheres na arbitragem, tanto em campo quanto na formação de futuras profissionais.
O projeto permite que árbitras brasileiras, como Edina, Neuza e Fabrini, sustentem sua excelência além das fronteiras da América do Sul, fortalecendo um intercâmbio cultural e esportivo que contribui para o fortalecimento do futebol feminino em escala global.