Esportes

Audiência pública na Alerj conclui que Vasco e sua comunidade são vítimas de decisão abusiva e preconceituosa

Sem a presença de representantes do Ministério Público, autor da ação que culminou na interdição judicial do estádio de São Januário, a audiência pública para tratar do tema, realizada nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), concluiu que o clube Vasco da Gama está sendo punido nas esferas esportiva, social e econômica, por uma decisão considerada abusiva e preconceituosa, segundo autoridades presentes na reunião. A audiência foi presidida pelo presidente da Comissão de Esporte e Lazer, deputado estadual Carlinhos BNH (PP).

Para a presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), Renata Mansur, não é competência da justiça comum julgar a questão, e a interdição de São Januário trouxe “consequências muito graves” para o Vasco e comunidade do entorno. “Decisão judicial é para ser cumprida, desde que seja da justiça competente”, pontuou.

Na mesma direção, a Polícia Militar informou não haver restrições para a realização de jogos no estádio de São Januário. “Conforme laudo de segurança emitido no início do ano, a Polícia Militar tem condições de fazer a segurança na área interna e externa de São Januário e outros estádios”, declarou o comandante do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (BEPE), tenente-coronel Ferreira.

De acordo com representantes do Vasco da Gama presentes à audiência pública, uma reunião será realizada ainda nesta semana com o procurador-geral de Justiça, para discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando a reabertura de São Januário. Dentre as medidas já em curso pelo Vasco estão a instalação de novas catracas e câmeras de alta definição dentro e fora do estádio.

“A interdição deixa o campeonato maculado no âmbito desportivo porque um clube está em desvantagem diante dos outros 19 que jogam em seus estádios”, protestou o vice-presidente do Vasco, Carlos Osório, que convidou deputados presentes a participarem da reunião com o MP e posterior jogo de abertura do estádio.

O presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Alerj, deputado Carlinhos BNH, informou que o relatório da audiência pública será encaminhado ao procurador-geral de Justiça para colaborar com sugestões visando a desinterdição de São Januário, fechado para o público desde junho, quando na partida contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, torcedores do Vasco atiraram rojões, quebraram estruturas e entraram em confronto com a polícia.

“Vamos acompanhar de perto essa situação do Vasco. Todos os deputados estão ao lado do clube e da comunidade da Barreira do Vasco para corrigir essa injustiça que está sendo feita”, disse o presidente da Comissão de Esporte, Carlinhos BNH.

“Quando se pune o clube, pune famílias que ficam sem alimentos por não poderem trabalhar nos dias de jogos. A justiça está falindo a economia local. Não pode penalizar o Vasco e trabalhadores por atos isolados de vândalos”, alertou o deputado Filippe Poubel (PL).

O presidente da Comissão de Educação e de Combate à Desordem Pública, Alan Lopes (PL), a deputada Martha Rocha (PDT) e o deputado Tande Vieira foram ainda mais incisivos nas críticas ao Ministério Público.

“Onde eles estavam quando vistoriamos o Maracanã e encontramos uma série de irregularidades? Não vi o MP interferir nisso”, lembrou Alan. “Acompanhamos brigas envolvendo outras torcidas e não houve nenhuma medida como a que foi imposta ao Vasco”, pontou Martha. “É um caso claro de dois pesos e duas medidas, uma decisão preconceituosa e com viés clubista. Nada justifica o que está acontecendo com o Vasco. Somente em 2023, tivemos nove mortes envolvendo estádios no país. Só São Januário está interditado. Tivemos confusões no show do Alok, o MP vai proibir shows em Copacabana?”, destacou Tande Vieira.

Também estiveram presentes à audiência pública os deputados Douglas Ruas (PL), Thiago Gagliasso (PL), Dani Monteiro (PSOL); o presidente da Suderj, Renato de Paula; o secretário municipal de Trabalho, Everton Gomes; a presidente da Associação de Moradores da Barreira do Vasco, Vânia Silva; além de representantes da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de torcidas do Vasco da Gama.

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