Botafogo
Neto projeta ‘disputa’ com John e repete passos do pai no Botafogo
Clube apresentou reforço nesta segunda-feira, no estádio Nilton Santos; confira
O Botafogo apresentou, na tarde desta segunda-feira (11), o goleiro Neto, reforço do clube para a sequência da temporada. O atleta de 36 anos assinou contrato até junho de 2027, podendo ampliar o vínculo por mais seis meses.
No Glorioso, Neto utilizará a camisa 22. Ele pertencia ao Bournemouth, da Inglaterra, mas, na última temporada, vestiu a camisa do Arsenal, por empréstimo.
Neto acertou com o Botafogo para substituir John, que esteve próximo de se transferir para o West Ham, também da Inglaterra. Com a não concretização do negócio, o camisa 12 permaneceu no clube, e ampliará a briga pela titularidade – situação que o reforço encara com naturalidade.
“Eu venho para fazer parte do Botafogo, do projeto incrível que vem sendo construído. Em grandes projetos e clubes o nível é altíssimo. Já tive a possibilidade de estar em outros vestiários com jogadores de altíssimo nível. Nesse caso, o John tem uma história muito importante nesse clube. Minha intenção era vir ao Botafogo, venho porque é o Botafogo, pelo clube que é e estou completamente à disposição – disse Neto na apresentação” – disse Neto.
“Muito feliz por fazer parte desse projeto e desse clube gigantesco. Espero poder ajudar e agregar. Estou à disposição de todos para poder ajudar” – completou.
No BID
No final da manhã, o Botafogo conseguiu a regularização do jogador no BID da CBF, ou seja, o arqueiro já pode estrear com a camisa alvinegra.

Neto ainda garantiu estar em boas condições físicas, o que o permitiria já estar em campo pelo Alvinegro, caso seja a opção do técnico Davide Ancelotti.
“Já foi passado, posso jogar, está tudo perfeito. Posso jogar. Estava em pré-temporada há mais de um mês, meu último jogo foi no domingo passado. Já fiz dois treinamentos aqui, o clube me deu todo o suporte nesse início. Estou há muito tempo fora (do Brasil). Foi tudo ótimo” – afirmou.
Neto se profissionalizou no Athletico (PR). Ele também passou por Fiorentina e Juventus, da Itália, Valência e Barcelona, na Espanha, além do futebol inglês.
Legado familiar
Ao acertar com o Botafogo, Neto seguirá os passos do pai, que também foi goleiro do clube. Embora não tenha sido titular, Norberto Murara, ou Betão, como era chamado, fez parte do elenco alvinegro em 1981.
“O projeto do Botafogo já vem sendo demonstrado com resultados. Minha intenção é ajudar e poder aprender com o clube, ano passado já foi incrível. Com relação ao meu pai, é uma coincidência bastante grande. Sou muito grato à família que eu tenho. Poder me transformar em um goleiro profissional é graças ao meu pai, não só porque ele jogou no Botafogo, mas porque ele também foi goleiro. Sou do interior e sempre sonhei em ser goleiro, assim como várias crianças. Meu pai foi meu exemplo e minha inspiração para lutar na vida” – disse.
Confira outros temas da entrevista coletiva de Neto:
Motivo para voltar ao Brasil
“Saí do Brasil muito jovem. Parece que foi ontem, passou muito rápido. Se tivessem me perguntado algum tempo atrás não saberia dizer se voltaria ou não. Mas nossa carreira é muito dinâmica. Tudo acontece rápido, temos que tomar decisões muito rápidas. O último ano foi bem interessante para mim, tive um amadurecimento muito grande. Hoje em dia o que pesa muito para mim é minha família. Tenho dois filhos maravilhosos e sempre pensei em dar experiências a eles, fazer com que pudessem participar da minha vida e minha carreira, porque não é para sempre. São momentos que são interessantes e marcantes. Falei do meu pai como um norte para mim e eu conseguir ser isso para eles, acredito que vai encaminhar e ajudar bastante. Gostaria que eles pudessem participar dessa fase, sentir e ver isso. Foi o fundamental nessa decisão”.
O que falta conquistar na carreira
“Todo jogador quer título. É o que fica de legado. Jogamos para vencer. O que eu carrego comigo é estar em um ambiente que faz sentido. Eu busco sentido no meu dia a dia. Estar por estar não faz sentido. Tive oportunidade de estar em várias ligas oportunidades por decisão minha, por ter sentido de achar que era a coisa certa. Me senti ambientado desde já”.
Possível rodízio com John
“Foi tudo muito rápido. Conversei pouco com o Davide. Eu falo italiano, então ajuda bastante. Eles viajaram, ainda não tive tempo de conversar muito”.
Jogar com os pés
“Futebol vem evoluindo muito nos últimos anos. Tive a experiência de jogar em clubes que jogavam assim. Principalmente na Europa, você sempre tem que estar disponível em ajudar e fazer parte do jogo. Praticamente em todos os lugares que joguei foi assim, Barcelona, Juventus, Inglaterra depende do estilo do treinador, mas, por mais que jogue mais ou menos com os pés, tem que estar disponível. Queria fazer parte para ajudar. É o que eu gosto. Gosto de ajudar, participar, fazer parte do jogo, estar ativo. Me sinto muito confortável e para a minha característica de jogo acredito que seja interessante também”.
Seleção Brasileira
“Meu objetivo principal e único é o Botafogo. Performar no Botafogo, me senti bem. Todos os clubes que tive a possibilidade de ter sequência e ser quem eu sou, demonstrar minha personalidade e jeito, consegui grandes resultados. Seleção Brasileira acaba sendo uma consequência do trabalho que demonstramos no dia a dia. Não tem como colocar o objetivo de Seleção na frente do Botafogo. Meu foco é completamente aqui, trabalhar e ser feliz, que é um dos objetivos principais neste momento. Se tiver que acontecer, que seja impositivo, vou estar de braços abertos para receber”.
Auxiliar John a superar ‘rusga’ com parte da torcida após negociação fracassar
“Sem dúvida. Não só por essa situação, mas qualquer outra. Vim para ajudar e aprender experiências, não só na parte pessoal quanto profissional. Venho a ajudar todo o ambiente. Estarei à disposição”.
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